São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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ENERGIA

Incertezas sobre o aumento da produção da Opep fazem barril subir cerca de 3% em Nova York e em Londres

Após calmaria, preço do petróleo volta a subir

Jorge Silva/Reuters
Refinaria na Venezuela, um dos maiores produtores mundiais de petróleo; preço voltou a subir


DA REDAÇÃO

Os preços do petróleo voltaram a subir ontem e a atingir valores históricos, um dia depois de registrarem queda com a possível perspectiva de aumento da produção mundial.
Em Nova York, o barril do petróleo voltou a superar a barreira de US$ 40 e fechou a US$ 40,06, uma variação de 2,9%.
Em Londres, o barril do tipo brent também subiu e fechou a US$ 37,36, alta de 3,86%.
Os preços voltaram a subir com a percepção de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) poderá não elevar a sua produção no mês que vem.
Anteontem, a Arábia Saudita emitiu uma nota na qual afirmou que o aumento da produção é "essencial" para equilibrar a oferta do produto. A declaração do maior produtor mundial derrubou as cotações, e os preços do barril em Nova York e em Londres caíram mais de 2%.
Ontem, porém, membros da Opep mostraram-se contrários a essa idéia. O ministro da Energia da Argélia, Chakib Khelil, disse que elevar a produção não resolverá a questão da alta do petróleo, que irá persistir -ele culpou as tensões no Oriente Médio.
Quem também se mostrou reticente foi o diretor-executivo da AIE (Agência Internacional de Energia), Claude Mandil.
Embora tenha elogiado a proposta saudita -"é um bom primeiro passo na direção correta"-, ele disse que esse aumento não será suficiente para esfriar o mercado e baixar os preços.
Mandil afirmou ainda que o fato de a Arábia Saudita defender a elevação da produção não significa que a Opep deverá acatar a idéia em sua próxima reunião, no início do próximo mês.

Com agências internacionais

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