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Operação no país vizinho dá perda de R$ 10 mi
DA SUCURSAL DO RIO
No primeiro trimestre de
2007, a Petrobras teve prejuízo
de R$ 10 milhões em suas operações na Bolívia, contra um lucro de R$ 36 milhões apurado
no mesmo período de 2006.
Segundo a companhia, a perda foi provocada pelo aumento
do pagamento de tributos ao
governo boliviano desde a nacionalização, que chegaram a
82% do valor da produção.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, minimizou o resultado: "É algo muito pequeno diante dos números
da Petrobras".
Sobre a venda das refinarias,
Barbassa disse que a Bolívia pagou o preço justo e que as unidades estão contabilizadas no
balanço da companhia "com
um valor menor" do que o negociado com o país vizinho. As
unidades foram vendidas por
US$ 112 milhões. Barbassa disse que a fixação do preço das refinarias foi uma "decisão técnica" sem interferência do governo. "Foi uma boa venda. Foi
uma venda que retorna à empresa aquilo que ela ganharia
no futuro com as refinarias."
Segundo ele, todos os negócios da estatal são baseados no
fluxo de caixa futuro dos empreendimentos e, nesse caso,
não foi diferente.
Barbassa ressaltou que o preço foi fixado sem considerar os
efeitos do decreto que deu o
monopólio da exportação de
petróleo à estatal boliviana
YPFB e fixou o preço no mercado interno. As medidas desvalorizaram as unidades. "Não levamos em consideração o decreto. O preço foi fixado com
base naquilo que achamos justo", disse.
O gerente-executivo do Cone
Sul da Petrobras, Décio Odone,
disse que o único valor que foi
divulgado foi o apresentado pelo banco de investimento contratado para avaliar o preço das
refinarias. Ou seja: os US$ 112
milhões. Pelo acordo, diz, a Bolívia pagará as refinarias em
duas parcelas: uma agora e outra daqui a 60 dias.
Na negociação, não ficou
acertado o pagamento de parte
da refinaria sob a forma de suprimento de gás. Mas a hipótese não desagrada ao executivo:
"Para mim, gás é dinheiro",
afirmou.
Venezuela
Já na Venezuela, a Petrobras
não contabilizou os resultados
no balanço do primeiro trimestre porque não controla mais os
campos de gás, que passaram a
ser geridos pela PDVSA depois
da assinatura dos novos contratos no ano passado.
A companhia não informou
ainda os dados financeiros do
primeiro trimestre daquela
operação. No primeiro trimestre de 2006, quando a Petrobras ainda controlava os campos, o lucro foi de R$ 70 milhões.
(PEDRO SOARES)
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