São Paulo, sábado, 12 de maio de 2007

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Operação no país vizinho dá perda de R$ 10 mi

DA SUCURSAL DO RIO

No primeiro trimestre de 2007, a Petrobras teve prejuízo de R$ 10 milhões em suas operações na Bolívia, contra um lucro de R$ 36 milhões apurado no mesmo período de 2006.
Segundo a companhia, a perda foi provocada pelo aumento do pagamento de tributos ao governo boliviano desde a nacionalização, que chegaram a 82% do valor da produção.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, minimizou o resultado: "É algo muito pequeno diante dos números da Petrobras".
Sobre a venda das refinarias, Barbassa disse que a Bolívia pagou o preço justo e que as unidades estão contabilizadas no balanço da companhia "com um valor menor" do que o negociado com o país vizinho. As unidades foram vendidas por US$ 112 milhões. Barbassa disse que a fixação do preço das refinarias foi uma "decisão técnica" sem interferência do governo. "Foi uma boa venda. Foi uma venda que retorna à empresa aquilo que ela ganharia no futuro com as refinarias."
Segundo ele, todos os negócios da estatal são baseados no fluxo de caixa futuro dos empreendimentos e, nesse caso, não foi diferente.
Barbassa ressaltou que o preço foi fixado sem considerar os efeitos do decreto que deu o monopólio da exportação de petróleo à estatal boliviana YPFB e fixou o preço no mercado interno. As medidas desvalorizaram as unidades. "Não levamos em consideração o decreto. O preço foi fixado com base naquilo que achamos justo", disse.
O gerente-executivo do Cone Sul da Petrobras, Décio Odone, disse que o único valor que foi divulgado foi o apresentado pelo banco de investimento contratado para avaliar o preço das refinarias. Ou seja: os US$ 112 milhões. Pelo acordo, diz, a Bolívia pagará as refinarias em duas parcelas: uma agora e outra daqui a 60 dias.
Na negociação, não ficou acertado o pagamento de parte da refinaria sob a forma de suprimento de gás. Mas a hipótese não desagrada ao executivo: "Para mim, gás é dinheiro", afirmou.

Venezuela
Já na Venezuela, a Petrobras não contabilizou os resultados no balanço do primeiro trimestre porque não controla mais os campos de gás, que passaram a ser geridos pela PDVSA depois da assinatura dos novos contratos no ano passado.
A companhia não informou ainda os dados financeiros do primeiro trimestre daquela operação. No primeiro trimestre de 2006, quando a Petrobras ainda controlava os campos, o lucro foi de R$ 70 milhões. (PEDRO SOARES)


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