|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Greenspan vê 1/3 de chance de recessão
Para ex-presidente do Fed, não há dúvida de que EUA vivem desaceleração
Greenspan afirma que a moeda chinesa, o yuan, deveria se valorizar em um ritmo muito mais rápido do que o adotado atualmente
DA BLOOMBERG
Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve (Fed,
o BC dos Estados Unidos), disse que há chance de dois terços
de os EUA evitarem uma recessão, apesar da desaceleração da
economia do país.
"No momento, ainda mantenho o que disse antes, que, em
termos algébricos, as chances
de não entrarmos em recessão
são de dois para um", disse ontem Greenspan, segundo gravação de seus comentários durante conferência em Cingapura.
No final de fevereiro passado,
Greenspan previu que o crescimento da economia dos Estados Unidos poderia se estagnar.
Em março, ele disse que havia
"probabilidade de um terço" de
ocorrer uma recessão neste ano
e que a atual expansão não teria
o poder de resistência do crescimento anterior, que durou
uma década.
"Não há dúvida de que há
uma desaceleração ocorrendo
nos EUA", afirmou o ex-presidente do Fed. "Nós estamos
claramente tendo problemas
na área de gastos de capital,
além de potencialmente no setor de consumo. E obviamente
o setor de imóveis residenciais
é um fardo significativo."
Anteontem, o mercado de
ações americano registrou sua
maior queda em quase dois meses, após o recuo das vendas no
varejo, a alta dos preços dos
produtos importados e a ampliação do déficit comercial terem intensificado o receio de
que a economia dos EUA irá desacelerar.
Na quarta, o Fed manteve a
taxa básica de juros em 5,25% e
disse que a inflação é o maior
risco para a economia americana, apesar da desaceleração,
que já dura um ano.
Moeda chinesa
A China deveria permitir que
o yuan se valorizasse a um ritmo "muito mais rápido" do que
o que tem sido adotado, disse
Greenspan. O BC chinês permitiu que sua moeda se valorizasse 7,7% desde que o país eliminou, em julho de 2005, sua
âncora cambial, que atrelava a
divisa chinesa ao dólar.
"A menos que a intervenção
no mercado de câmbio cesse, o
que é uma outra maneira de dizer que eles permitirão a valorização do yuan, em algum momento ficará extremamente difícil para eles lidarem com o
problema do desequilíbrio.
Eles não podem fazer isso indefinidamente sem enfrentar
conseqüências muito sérias."
As reservas cambiais da China são as maiores do mundo e
foram acumuladas em parte
por meio de compras de títulos
do Tesouro dos EUA denominados em dólar -aquisições
que foram realizadas para conter a valorização do yuan. As reservas chinesas atingiram seu
recorde, de US$ 1,2 trilhão, no
fim de março passado.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Imposto de Renda: Receita devolve restituições de quatro anos Índice
|