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Após euforia, Bolsa recua 1,57%; dólar vai a R$ 1,78
Investidores questionam eficácia de pacote na Europa
EPAMINONDAS NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a onda de entusiasmo,
anteontem, com o pacote europeu, analistas e investidores
ponderaram que o plano pode
ser positivo para atacar os problemas de curto prazo, mas ter
efeito limitado para questões
como a retomada do crescimento e a queda do deficit de
países como Grécia e Portugal.
A Bovespa (Bolsa de Valores
de São Paulo) refletiu essas dúvidas e teve um dia volátil, alternando momentos de recuperação e realização (vendas
mais fortes). Encerrou o dia em
baixa de 1,57%. O giro financeiro continua abaixo da média, na
casa dos R$ 6 bilhões.
No exterior, as principais
Bolsas europeias sofreram quedas entre 3,3% (Espanha) e
0,7% (França), com exceção da
Alemanha, onde o índice Dax
subiu 0,32%. Nos EUA, o índice
Dow Jones, da Bolsa de Nova
York, recuou 0,34%, enquanto
a Nasdaq (ações de tecnologia)
mostrou leve alta de 0,02%.
"Ainda há muitas dúvidas de
que esse plano vá realmente
funcionar. Afinal, esses 750
bilhões são suficientes? Se não
forem, quanto será suficiente?
Portugal e Espanha já foram
contaminados?", questiona o
analista Eduardo Oliveira, da
Um Investimentos.
Teles
Os destaques do dia foram as
ações do setor de telefonia. A
ação preferencial da Vivo chegou a subir mais de 8% no decorrer do pregão e fechou o dia
em alta de 5,05%, após movimentar mais de R$ 100 milhões
em negócios.
O giro foi resultado da notícia
de que a Portugal Telecom rejeitou oferta de 5,7 bilhões
feita pela Telefónica pela participação da companhia portuguesa na operadora brasileira.
A oferta teve preços bem acima
dos praticados pelo mercado.
Outros papéis do setor também subiram com força na Bovespa: a ação ordinária (com
direito a voto) da TIM avançou
8,5%, enquanto a preferencial
teve ganho de 5,26%. A ação
preferencial da Oi subiu 3%.
As ações da Telesp, concessionária de telefonia fixa controlada pela Telefónica, avançaram 1,88%.
Os investidores puderam
avaliar ontem o tamanho do estrago ocorrido na semana passada, quando uma falha técnica
(ainda sob investigação) no
mercado norte-americano,
aliada a preocupações sobre a
Grécia, gerou momentos de pânico global nas Bolsas.
A Bovespa revelou que os investidores estrangeiros tiraram R$ 1,14 bilhão até o dia 7,
mais que todo o saldo negativo
de abril (R$ 1,07 bilhão).
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,783, acréscimo de
0,33% sobre o fechamento anterior. A cotação oscilou entre
o valor mínimo de R$ 1,77 e o
máximo de R$ 1,79. Na semana
passada, havia fechado a sexta-feira na casa de R$ 1,85.
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