SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) inabilitou a São Paulo Corretora e seu principal executivo, Jorge Ribeiro dos Santos, de atuarem no mercado de capitais por dez anos, por operações com câmbio que teriam criado "condições artificiais de demanda".
Outras 15 pessoas físicas e jurídicas foram multadas no mesmo processo, em valor total de R$ 6,8 milhões -mas não foram impedidas de atuar.
Dos 17 punidos, pelo menos 6 foram citados no relatório final da CPI dos Correios, em 2006, por indícios de envolvimento em operações irregulares com fundos de pensão -caso da São Paulo Corretora e da Cruzeiro do Sul Corretora.
A CVM investigou por oito anos operações de opções de dólar feitas em 2002 envolvendo os investigados. Opção é um direito que um investidor adquire de comprar ou vender ativos de outro investidor -no caso, o dólar- a uma determinada cotação.
Foram 42 operações investigadas, que chamaram a atenção pelo envolvimento dos mesmos agentes e porque as opções nunca eram exercidas.
Não é possível dizer que as operações foram as mesmas que geraram perdas a fundos de pensão.
A São Paulo Corretora disse que "não teria tempo hábil para avaliar a decisão". O banco Cruzeiro do Sul, controlador da Cruzeiro do Sul Corretora, informou que "não haveria ninguém para comentar".


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