São Paulo, Sábado, 12 de Junho de 1999 |
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PAINEL S/A Compasso de espera 1 O mercado esperava que a economia pisasse no acelerador a partir de junho, mas o susto do início do ano ainda não se dissipou. Tanto que a produção ainda não dá sinais de retomada e já sobram linhas de crédito para comércio exterior nos bancos. Compasso de espera 2 Analistas acreditam que todos aguardam indícios mais claros do que acontecerá com a taxa de juros nos EUA e esperam a comprovação de que a tendência de baixa dos juros no Brasil continuará. Assim, deixam para julho as perspectivas de retomada da economia. Quem viver verá A economia norte-americana continua dando mostras de superaquecimento, e vai se concretizando a expectativa de aumento dos juros. No Brasil, a aposta é que a taxa não sobe além de 0,5 ponto e que o impacto de um índice desses por aqui seria forte, mas passageiro. O BC estaria, então, sendo levado a sério quando afirma que os juros seguirão caindo por aqui. Aparências enganam José Antonio Pena, economista-chefe do BankBoston, aconselha cuidado na análise da decisão sobre juros nos EUA. "É pior subir 0,25 ponto mantendo o viés de alta do que subir 0,50 ponto e voltar ao viés neutro." Remendos não colam Os títulos da dívida externa do Brasil caíram 12% do auge da euforia para cá. Um alto executivo de banco afirma que o Brasil é melhor do que o que estão pagando por seus papéis. Mas outros observadores afirmam que a queda é proporcional à falta de soluções definitivas para os problemas do país. Moeda Única Velho defensor da moeda única para o Brasil e para a Argentina, o economista Paulo Rabello de Castro diz que a idéia é factível e desejável, mas dependerá de comportamento de alta responsabilidade fiscal. Coisa que no Brasil... Jogada inteligente Na avaliação de um advogado com livre trânsito entre empresários, Ricardo Mansur só tem a ganhar transferindo suas ações para os funcionários da Mesbla e do Mappin. Seu distanciamento melhora um pouco as chances de a empresa dar certo, e, se isso acontecer, sobrarão para ele apenas as dívidas tributárias e nenhuma dor de cabeça com a Justiça. Investimentos continuam... As vendas de computadores no Brasil foram menos abaladas pela máxi do que se previa: no primeiro trimestre, a queda foi de 10% em vez dos 18% estimados, segundo a empresa especializada em informações sobre informática IDC. ...em setores estratégicos As empresas continuaram a investir em computadores, especialmente nos setores de telecomunicações, bancário e petrolífero. Para a América Latina como um todo, a expectativa é de crescimento das vendas de 8,5% neste ano. Em franco progresso Na previsão do Gartner Group, consultoria internacional na área de informática, o mercado de computadores "handheld" (que cabem na palma da mão) está altamente promissor, devendo atingir US$ 2,3 bilhões em 99. Pela manutenção Se depender da Federação do Comércio de SP, a figura do juiz classista não será extinta. A entidade teme que se esteja promovendo o desmonte da Justiça do Trabalho. E-mail: painelsa@uol.com.br Próximo Texto: Fuga da CPMF pressiona preço do dólar Índice |
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