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Volks contrata 725 no ABC para fazer 2º turno do Gol
Admissões são por prazo de um ano, e os salários são de R$ 1.030 e R$ 1.090
Carro é o mais vendido no país há 20 anos; com mais um turno, montadora quer aumentar sua participação no mercado interno
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Volkswagen vai contratar
725 funcionários pelo prazo de
um ano para implementar o segundo turno de produção do
Gol na fábrica de São Bernardo
do Campo. Das contratações
anunciadas, 375 serão de aposentados que trabalharam na
produção e se desligaram da
montadora até junho de 2006.
Para as funções de montadores e operadores de produção,
os salários serão de R$ 1.030
mensais. Funileiros e pintores
serão admitidos por R$ 1.090.
Com o segundo turno, a
montadora espera "reafirmar a
liderança do Gol em um momento de sucessivos recordes
de vendas" -o carro é o mais
vendido no país há mais de 20
anos- e aumentar sua participação no mercado interno. A
Volks, vice-líder na venda de
carros, prevê crescer entre 12%
e 14% nesse mercado neste ano.
A produção do Gol no ABC é
hoje de 361 carros por dia. Com
a ampliação do segundo turno,
haverá acréscimo de 125 carros
por dia, segundo a empresa.
Consideradas as demais linhas,
a produção diária passará de
890 para 1.015 carros.
Em Taubaté, onde o Gol também é fabricado, a produção é
de 940 carros por dia. Lá, foram
feitas em maio 700 contratações pelo prazo de um ano.
"Com a contratação dos aposentados, a montadora quer
economizar tempo em treinamento", diz Francisco Duarte
de Lima, o Alemão, diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC. A empresa vai permitir,
segundo diz, que trabalhadores
indiquem familiares e amigos.
"Entre os 10,2 mil funcionários
que estão na ativa, será feito
um sorteio, e 3.500 poderão indicar uma pessoa. Após a indicação, a Volks fará a seleção."
Há um mês e meio, a Volks
suspendeu o processo de reestruturação no ABC com o reaquecimento do mercado interno. Foi suspensa a saída de um
grupo de 186 operários e também 2.000 demissões previstas
para 2008. No ano passado, a
montadora chegou a anunciar
cortes, mas trocou-os por um
programa de demissões voluntárias após greve.
O que tem estimulado o aumento das vendas, segundo
analistas, são as facilidades no
financiamento. "Com parcelamentos em até 72 meses, já se
fala em estender para 100, e juros de 1% a 1,5%, em média, as
vendas devem continuar elevadas", diz José Rinaldo Caporal
Filho, consultor do setor.
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