São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Volks contrata 725 no ABC para fazer 2º turno do Gol

Admissões são por prazo de um ano, e os salários são de R$ 1.030 e R$ 1.090

Carro é o mais vendido no país há 20 anos; com mais um turno, montadora quer aumentar sua participação no mercado interno

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Volkswagen vai contratar 725 funcionários pelo prazo de um ano para implementar o segundo turno de produção do Gol na fábrica de São Bernardo do Campo. Das contratações anunciadas, 375 serão de aposentados que trabalharam na produção e se desligaram da montadora até junho de 2006.
Para as funções de montadores e operadores de produção, os salários serão de R$ 1.030 mensais. Funileiros e pintores serão admitidos por R$ 1.090.
Com o segundo turno, a montadora espera "reafirmar a liderança do Gol em um momento de sucessivos recordes de vendas" -o carro é o mais vendido no país há mais de 20 anos- e aumentar sua participação no mercado interno. A Volks, vice-líder na venda de carros, prevê crescer entre 12% e 14% nesse mercado neste ano.
A produção do Gol no ABC é hoje de 361 carros por dia. Com a ampliação do segundo turno, haverá acréscimo de 125 carros por dia, segundo a empresa. Consideradas as demais linhas, a produção diária passará de 890 para 1.015 carros.
Em Taubaté, onde o Gol também é fabricado, a produção é de 940 carros por dia. Lá, foram feitas em maio 700 contratações pelo prazo de um ano.
"Com a contratação dos aposentados, a montadora quer economizar tempo em treinamento", diz Francisco Duarte de Lima, o Alemão, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A empresa vai permitir, segundo diz, que trabalhadores indiquem familiares e amigos. "Entre os 10,2 mil funcionários que estão na ativa, será feito um sorteio, e 3.500 poderão indicar uma pessoa. Após a indicação, a Volks fará a seleção."
Há um mês e meio, a Volks suspendeu o processo de reestruturação no ABC com o reaquecimento do mercado interno. Foi suspensa a saída de um grupo de 186 operários e também 2.000 demissões previstas para 2008. No ano passado, a montadora chegou a anunciar cortes, mas trocou-os por um programa de demissões voluntárias após greve.
O que tem estimulado o aumento das vendas, segundo analistas, são as facilidades no financiamento. "Com parcelamentos em até 72 meses, já se fala em estender para 100, e juros de 1% a 1,5%, em média, as vendas devem continuar elevadas", diz José Rinaldo Caporal Filho, consultor do setor.


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