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MERCADO ABERTO
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
PIB do país deve crescer só 3,4% em 2009, prevê Itaú
A combinação de uma política mais restritiva no Brasil e
uma economia mundial patinando diante da crise nos Estados Unidos fará com que o país
cresça menos em 2009 do que o
mercado está prevendo. A taxa
de expansão deverá baixar para
3,4% no ano que vem. Já para
este ano, o crescimento deverá
ser de 4,8%.
As previsões constam do Informativo Econômico Semanal
elaborado pelo departamento
econômico do banco Itaú. De
acordo com o documento, uma
desaceleração do crescimento
no momento atual tem o benefício de trazer de volta a inflação para o centro da meta, e essa é a maior contribuição que o
Banco Central pode dar ao
crescimento econômico de longo prazo.
Para os economistas do banco, o ciclo de aperto monetário
iniciado em abril será provavelmente mais prolongado do que
o previsto. Com isso, a taxa de
juro real será maior e, por essa
razão, o PIB crescerá menos. "A
política monetária mais restritiva será a principal fonte de
desaceleração da economia ao
longo de 2009."
Para calcular o tamanho da
desaceleração, o informe econômico compara o ciclo de
aperto monetário atual com o
de 2004. Agora, a taxa de juro
deve subir para um patamar inferior ao ocorrido há quatro
anos, mas, desta vez, existe um
novo componente: a desaceleração da economia mundial.
Por isso, é possível apostar na
hipótese de que a economia
cresça a cada trimestre de 2009
no mesmo ritmo do de 2005,
quando se deu o maior momento do aperto monetário. Naquele período, o PIB cresceu 0,8%
contra o trimestre imediatamente anterior numa média
móvel de quatro trimestres, já
livre de efeitos sazonais. Foi a
partir dessa suposição que se
chegou aos 3,4% de crescimento do PIB para 2009.
Portanto, a conclusão é que
uma redução do ritmo da atividade econômica está a caminho. No médio e longo prazo, a
inflação em patamares baixos
fará com que a economia volte a
crescer a taxas de 4,5%.
SOBE O SOM
A Santo Angelo, indústria de cabos e conectores
voltada ao setor de instrumentos musicais e de áudio, inaugura neste mês uma fábrica em Guarulhos e substitui a atual unidade, que fica na mesma
cidade e existe há 28 anos. O investimento é de R$
10 milhões. A expectativa é atingir US$ 500 mil
em exportações em um ano. "O objetivo é atingir
os EUA, que são o grande mercado para o setor",
diz Rogério Raso, presidente da empresa.
BALANÇO
EXPORTAÇÃO DE CELULOSE PARA A CHINA CRESCE 90% ATÉ JUNHO
As exportações de celulose para a China cresceram 90%
no primeiro semestre sobre igual período de 2007, diz Elizabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Bracelpa. As
vendas passaram de US$ 188,5 milhões para US$ 358,1 milhões no período -o valor total das exportações de celulose
foi de US$ 1,8 bilhão, com aumento de 27% sobre o primeiro
semestre de 2007. As exportações de papel totalizaram US$
986 milhões (avanço de 14% ante igual período de 2007).
SAPATINHO
O setor calçadista de
Franca, pólo de produção de
calçados masculinos, responsável por 75% desse segmento em exportações, fechou o primeiro semestre
com alta de 2,31% no volume
de exportações em dólares
-movimentou US$ 63 milhões. Segundo o Sindifranca, o setor teve discreta recuperação de vendas em dólares devido ao reajuste nos
preços, mas as vendas em
pares caíram 16,46% ante o
mesmo período de 2007.
O QUE A BAHIA TEM
O governador Jaques
Wagner (Bahia) se reúne na
segunda-feira com empresários, em São Paulo, para falar
sobre oportunidades no Estado. Cerca de 700 pessoas
participam do encontro.
HASTA LA VICTORIA
A Emporium Cigars, distribuidora de Habanos no
Brasil, começa a vender novos charutos Cohiba, marca
que ficou conhecida por ser
a preferida de Fidel Castro.
balança
São Paulo tem déficit de US$ 112,8 mi
Em junho, o município de
São Paulo teve déficit de US$
112,8 milhões em sua balança
comercial, com exportações
de US$ 802,3 milhões e importações de US$ 915,2 milhões. No mesmo mês de
2007, o município registrava
superávit de US$ 3,6 milhões. De janeiro a junho, o
déficit está em US$ 1,02 bilhão -2007 foi fechado com
déficit de US$ 931,6 milhões.
Para Fábio Faria, secretário substituto de comércio
exterior do Ministério do
Desenvolvimento, o importante é a economia como um
todo. "No Estado de São Paulo, houve grande número de
importações de máquinas e
equipamentos, que significa
renovação tecnológica ou expansão de capacidade. O Brasil como um todo tem superávit. Alguns municípios não
têm. A importação muitas
vezes vai ser usada no processo produtivo para o crescimento", diz.
O total de exportações de
janeiro a junho foi de US$
4,09 bilhões. No período, o
principal destino de exportação foi a China, com US$
872,4 milhões -alta de
107,65% ante o mesmo intervalo do ano passado.
O NOME É REX
A AnimallTag fabrica
chips de identificação que
são implantados em animais criados para produção de carne ou de leite e
em bichos de estimação.
No primeiro semestre, as
vendas do chip cresceram
25%. O microaparelho
não rastreia a localização
do animal, mas armazena
informações que permitem identificá-lo e acessar
o histórico médico, o nome do dono e do veterinário responsável. A empresa fez parceria com centros de zooneses para que
os proprietários de cães e
gatos recolhidos sejam
avisados. "Demos o leitor
de microchip para mais
de 500 cidades", diz Carlos Machado, sócio e diretor comercial da empresa.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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