|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Petrobras diz ter plano de contingência
AGNALDO BRITO
O presidente da Petrobras,
José Sergio Gabrielli, disse
ontem em São Paulo que a
estatal já possui um plano de
contingência para manter a
produção de petróleo na bacia de Campos caso os petroleiros iniciem greve de cinco
dias a partir da próxima segunda-feira. A Petrobras, segundo o presidente, vai "exigir condições" para que seja
mantida a produção em caso
de paralisação.
Na reunião mediada ontem pelo MPT (Ministério
Público do Trabalho), os representantes das duas partes
não chegaram a um acordo
sobre o número mínimo de
plataformas para manter a
produção. Tampouco discutiram o mérito central da parada dos trabalhadores, que
reivindicam que a Petrobras
passe a considerar o dia de
saída da plataforma como
mais uma data de trabalho.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense
anunciaram a parada de algumas das 41 plataformas
em operação na bacia de
Campos, a principal área de
produção de petróleo e gás
do país, responsável por 84%
do abastecimento do país, ou
1,6 milhão de barris por dia.
"Não queremos impacto na
produção, vamos fazer que a
produção continue. Vamos
montar um sistema de contingência e exigir condições
mínimas para manter a produção", disse. Gabrielli afirmou que as negociações com
o grupo, de 6.000 a 6.500 petroleiros, continuam.
A FUP (Federação Única
dos Petroleiros) também
propõe uma greve em âmbito nacional, que atingirá
também refinarias e terminais da companhia. A decisão
sobre o movimento será na
próxima terça-feira, em reunião da entidade com todos
os sindicatos. Nesse caso, a
reivindicação é o aumento da
PLR (Participação nos Lucro
e Resultados). A estatal ofereceu 12,8% sobre o valor pago aos acionistas sob a forma
de dividendos. A categoria
quer 18%.
Colaborou a Sucursal do Rio
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Meta para exportações cresce para US$ 190 bi Índice
|