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AVIAÇÃO
Governo da Argentina vai pagar salários da Aerolíneas
DE BUENOS AIRES
O governo argentino vai
pagar 34 milhões de pesos
(R$ 18 milhões) pelos salários atrasados dos cerca de
9.000 funcionários da principal companhia aérea do
país, a Aerolíneas Argentinas, controlada pelo grupo
espanhol Marsans, que afirmou não ter condições de fazer os pagamentos.
Diante da crise na empresa, que tem dívida de US$
400 milhões e metade da frota parada, governo e representantes dos trabalhadores
entraram com pedido de intervenção judicial na Aerolíneas. A Justiça convocou audiência com as três partes
para ontem, que foi suspensa
devido à ausência de representantes da companhia.
Segundo o representante
do governo na direção da Aerolíneas, Julio Alak, o aporte
para os salários foi feito "de
maneira extraordinária" para garantir o pagamento dos
funcionários e a continuidade dos vôos. Nos últimos
dias, protestos dos empregados provocaram atrasos e
cancelamentos. O governo
desembolsaria outros 16 milhões de pesos (R$ 8,5 milhões) para garantir o abastecimento de combustíveis e
outros insumos.
Alak afirmou ainda que o
Estado, que tem 5% do capital da companhia, vai decidir
se esse dinheiro será reembolsado em forma de capitalização ou de aumento da
participação acionária.
O secretário de Transporte, Ricardo Jaime, afirmou
ontem que "não descarta nenhuma medida para resolver
as questões de fundo", o que
aumenta os rumores sobre a
intenção do governo de reestatizar a empresa, privatizada em 1990.
Segundo o presidente do
grupo Marsans, Gerardo
Ferrán, a agência reguladora
argentina não permite que a
empresa tenha tarifas que
possam cobrir os seus custos.
(ADRIANA KÜCHLER)
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