São Paulo, domingo, 12 de julho de 2009 |
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Não há números oficiais sobre doentes DAS ENVIADAS ESPECIAIS A MINAÇU
Pelas ruas de Minaçu, a professora Lúcia Marques, 42, é
conhecida como "a louca". Ela
tenta, desde o ano passado,
provar na Justiça que a morte
do pai, ex-trabalhador da Sama,
foi provocada pelo amianto e
criar uma associação de apoio
às vítimas do mineral. Casos
como o de Lúcia são exceção na
cidade, onde a maioria diz desconhecer quem tenha adoecido
por causa do trabalho na mina.
"Tudo o que se fala contra o
amianto é mentira. Até hoje
não se prova que houve sequer
uma pessoa doente aqui. Isso é
tudo fantasia", diz o prefeito
Cícero Romão (PSDB).
O risco à saúde dos trabalhadores -se inalado, o amianto
pode provocar fibrose pulmonar e câncer- é o principal argumento de quem apoia a proibição do minério.
A Sama afirma que depois de
1980 não houve nenhum caso
de trabalhadores doentes na cidade. Nessa época, foram adotados equipamentos de segurança e instalados filtros nas
usinas da mineradora, que acabaram com a "nuvem de
amianto" que invadia as casas.
Hoje, a empresa reitera que a
manipulação do amianto é totalmente segura.
Apesar das declarações da
mineradora, não há dados oficiais sobre a saúde de quem trabalha com o amianto.
Um grupo de 17 empresas do
setor, entre elas a Sama, conseguiu uma liminar para não
cumprir uma portaria que exigia que informações sobre os
trabalhadores fossem enviadas
ao Ministério da Saúde.
O argumento é que a portaria
inibe a atividade e "constitui
privilégio à indústria de fibras
alternativas", que não foi obrigada a fazer o mesmo. FOLHA ONLINE Leia mais sobre a cidade www.folha.com.br/091825 Texto Anterior: Frases Índice |
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