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Proposta para agência deverá sair em 60 dias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso assinou ontem decreto estabelecendo um prazo de
60 dias para a conclusão da proposta de criação da Agência Nacional de Defesa do Consumidor
e da Concorrência.
Com essa medida, o governo
pretende criar um mecanismo
mais eficiente no combate aos aumentos abusivos de preços. Ela
faz parte de um conjunto de medidas anunciadas ontem pelo governo.
Um grupo formado por representantes da Casa Civil, dos ministérios da Justiça, da Fazenda e
do Planejamento será responsável
pela elaboração da proposta.
A intenção do governo é reunir
na agência as atribuições da Seae
(Secretaria de Acompanhamento
Econômico), do Ministério da Fazenda, SDE (Secretaria de Direito
Econômico) e do Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica), ambos vinculados ao Ministério da Justiça.
O secretário de Direito Econômico, Paulo de Tarso Ribeiro, não
descartou a hipótese de o Cade ser
absorvido pela nova agência. O
mesmo pode acontecer com a
SDE.
"Existe a possibilidade de rever
todo o sistema de defesa da concorrência", declarou Paulo de
Tarso. Pelo modelo atual, o Cade
julga os processos de atos de concentração, prática de preços abusivos e cartelização.
A Seae e a SDE preparam pareceres e recomendações para
orientar o Cade no julgamento
dos processos.
A Fazenda e a Justiça disputam
a vinculação da nova agência, mas
não há nenhuma decisão se o órgão será ligado a algum ministério.
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