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MONOPÓLIO
Empresa comprou Liquid Carbono
Cade começa a julgar caso White Martins
da Sucursal de Brasília
O julgamento da compra da Liquid Carbono pela White Martins, um dos casos mais polêmicos da pauta dos órgãos de defesa
da concorrência, começou ontem
com ameaça de multa de R$ 1,124
milhão por suposta apresentação
de informação enganosa.
A proposta foi apresentada no
voto do conselheiro Mércio
Felsky, relator da operação no Cade (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica), que também
defendeu que a operação seja
aprovada só mediante restrições.
Segundo Felsky, com a compra
da Liquid Carbono, a White Martins passou a ser monopolista no
mercado de gás carbônico, usado
na produção de refrigerantes.
A aquisição da Liquid Carbono
ocorreu em abril de 96 e, desde
então, concorrentes vêm acusando a White Martins de práticas
anticompetição. Hoje a empresa
detém 73% do mercado.
Felsky propôs que a White Martins seja multada porque "procurou seguidamente escamotear a
existência de capacidade ociosa".
A informação, segundo o relator, era fundamental para determinar se a compra da Liquid Carbono causou prejuízos ao mercado de gás carbônico.
Para Felsky, a aquisição causou
prejuízo à entrada de novos concorrentes no setor, pois a empresa
domina e impede o acesso de concorrentes à matéria-prima.
O relator propôs que a operação
só seja aprovada caso a White
Martins fique impedida de ampliar suas fontes de matéria-prima nos próximos seis anos.
O vice-presidente jurídico da
White Martins, Júlio Cassano,
disse que não se pronunciaria sobre a proposta antes de o Cade tomar sua decisão definitiva.
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