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Luta antiglobalização tem curso de guerrilha
DE LONDRES
O movimento contra a globalização conta com curso de guerrilha. Nos campos de treinamento
da Ruckus Society (sociedade da
bagunça ou do distúrbio), os militantes passam de quatro a seis
dias treinando como fazer sabotagens noturnas, escaladas, bloqueios humanos, falar com a imprensa e promover protestos em
estilo cinematográfico.
Fundado por ex-diretores do
movimento ambientalista Greenpeace, a Ruckus Society se tornou
a universidade dos manifestantes.
Com 24 campos de treinamento,
a Ruckus Society treina 500 militantes por ano, desde militantes
pela libertação do Tibete à preparação para protestos como o de
Seattle, no fim de 99, e o de Washington, no início do ano.
Algumas das cenas mais conhecidas desses protestos, como a de
jovens amarrados uns aos outros
para impedir a passagem de autoridades, foram treinadas à exaustão nos campos da Ruckus Society. Eles são especializados no
que chamam de "teatro político"
-ações grandiosas para chamar
a atenção do público.
Parte do tempo dos diretores da
Ruckus é gasta pensando em
ações extraordinárias, que possam render fotos nos jornais e cenas nas emissoras de televisão.
Foram eles que criaram a enorme
bandeira norte-americana com
símbolos de multinacionais exibida durante a convenção do Partido Democrata, no mês passado.
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