São Paulo, quinta-feira, 12 de setembro de 2002

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A ÁGUIA PATINA

Livro Bege do Fed atesta desaceleração; em dia de cerimônias, Bolsas têm volume baixo de negócios

Economia dos EUA freou de novo em agosto

DA REDAÇÃO

A economia norte-americana sofreu uma freada, de acordo o Federal Reserve (banco central dos EUA). Apenas a construção civil e a indústria automobilística mantiveram o vigor, enquanto a atividade se deteriorou em praticamente todos os demais setores.
"A maioria dos distritos relatou crescimento econômico lento e desigual", diz o Livro Bege, compilação periódica com análises e informações fornecidas pelos Feds regionais. O Federal Reserve, cuja sede fica em Washington, divide os EUA em 12 distritos.
O relatório, que abrange o final de julho e agosto, confirma o que os indicadores já haviam sinalizado. Depois de uma recuperação na primeira metade do ano, a economia voltou a patinar no mês passado. A confiança de consumidores e empresários caiu, enquanto a indústria e o setor de serviços pararam de crescer.
A maior parte dos 12 escritórios regionais do Fed relatou que o mercado de trabalho segue fraco. Houve avanços em poucos distritos, diz o Livro Bege, e apenas nos empregos temporários.
"Ele [o Livro Bege] flagra o pessimismo econômico que deu início a toda essa conversa sobre um potencial duplo mergulho [recessivo"", afirmou Lou Crandall, economista-chefe da Wrightson Associates, em Nova York.
As informações do Livro Bege serão analisadas na reunião do Federal Reserve do próximo dia 24, quando o conselho de diretores da instituição discutirá a política monetária do país. Analistas sugerem que a instituição deveria reduzir ainda mais os juros. Desde dezembro, a taxa de juros dos EUA está em 1,75% ao ano, a menor em quatro décadas.

Wall Street pára
Devido às solenidades em memória das vítimas dos atentados de 11 de setembro, os pregões começaram com mais de 90 minutos de atraso ontem em Wall Street. O volume de negócios ficou bem abaixo do normal.
O índice Dow Jones encerrou o dia com ligeira queda de 0,25%, depois de iniciar em alta de 1%. A Nasdaq, Bolsa de empresas de alta tecnologia, caiu 0,35%. O índice Standard & Poor's 500 permaneceu inalterado.
As cotações do petróleo continuaram pressionadas, ao redor de US$ 30. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o barril fechou com ligeira alta, cotado a US$ 29,77.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), os preços tenderão a aumentar nos próximos meses, devido a uma queda nas reservas e a um aumento na atividade econômica, caso a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não eleve sua produção.


Com agências internacionais


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