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Baixa do petróleo e dos metais afetam Petrobras e Vale, e Bolsa de SP cai 2,15%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações da Petrobras e da
Vale do Rio Doce derrubaram a
Bolsa de Valores de São Paulo
ontem. A forte queda dos papéis dessas companhias fez
com que a Bovespa fechasse
com perdas de 2,15%.
Juntas, a ação preferencial
"A" da Vale do Rio Doce e a preferencial da Petrobras foram
responsáveis por cerca de 30%
de todo o volume movimentado no pregão de ontem. Esses
papéis caíram 3,96% e 3,66%,
respectivamente.
A baixa no preço do barril de
petróleo e das commodities
metálicas afetou negativamente as ações de empresas brasileiras ligadas a esses segmentos. O temor de menor demanda mundial, impulsionado pela
possibilidade de as economias
chinesa e americana crescerem
abaixo do esperado, tem afetado de maneira negativa esses
setores.
A Bolsa paulista operou em
baixa durante todo o pregão.
Foram movimentados R$ 2,19
bilhões com compra e venda de
ações ontem.
No mercado acionário norte-americano, as maiores quedas
ficaram com papéis de mineradoras. As ações da produtora de
cobre Phelps Dodge foram destaque de baixa, com queda de
7% ontem. O índice Dow Jones,
o principal da Bolsa de Nova
York, fechou praticamente estável (0,04%).
Em Buenos Aires, o índice
Merval teve forte perda de
2,58%. No México, a Bolsa se
desvalorizou 0,88%.
O recuo de ontem levou o
Ibovespa, o índice que reúne as
ações mais negociadas na Bolsa
paulista, a entrar no vermelho
no acumulado do mês -desvalorização de 1,27%.
Em um dia ruim para o mercado doméstico, algumas ações
tiveram altas importantes. Os
papéis da TIM Participações e
da Vivo subiram amparados pela expectativa de a Telecom Italia negociar sua unidade de telefonia móvel (leia a pág. B3).
A ação ON (ordinária, com
direito a voto) da TIM subiu
6,06%, e a PN ganhou 5,73%. O
papel preferencial da Vivo teve
alta de 3,86%.
Câmbio
O cenário externo desfavorável levou o dólar a ganhar terreno diante do real. Vendido a
R$ 2,177 -maior cotação em
um mês-, o dólar subiu 0,79%
ontem e ampliou sua alta acumulada neste mês para 1,49%.
Apesar de ter registrado ontem sua quarta alta seguida, o
boletim semanal Focus, divulgado pelo BC, mostrou que as
projeções médias das instituições financeiras para o dólar no
fim do ano recuaram.
Há uma semana, os bancos
previam que o dólar terminaria
o ano a R$ 2,20. Na pesquisa
apresentada ontem, essa projeção caiu para R$ 2,18. O BC realiza sua pesquisa semanal captando as projeções econômicas
de cem instituições financeiras.
A pesquisa também mostrou
recuo nas previsões para a taxa
básica, a Selic, no fim do ano.
De 14% há uma semana, as projeções caíram para 13,75%. A
taxa Selic está em 14,25%. O
Copom (Comitê de Política
Monetária) se reúne ainda duas
vezes até dezembro de 2006.
Juros
Após conhecer a ata da última reunião do Copom, divulgada na sexta, muitos analistas
passaram a confiar na chance
de a Selic ser cortada em 0,5
ponto percentual no próximo
encontro do comitê.
Os juros futuros subiram um
pouco ontem nos contratos
com prazo de vencimento mais
longos negociados na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros). No contrato DI -que projeta as expectativas para os juros- que vence em 15 meses, o
mais negociado, a taxa foi de
13,72% para 13,75%.
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