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Petróleo bate recorde, apesar de ação da Opep
Cartel anuncia aumento na produção, mas temor em relação à demanda faz barril chegar aos US$ 78,23 em Nova York
Alta na produção é a
primeira em mais de dois anos; EUA e saudistas vencem oposição de
Venezuela, Irã e Argélia
DA REDAÇÃO
No mesmo dia em que a Opep
(Organizações dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou que aumentará a sua produção, o preço do barril de petróleo atingiu sua maior cotação histórica na Bolsa de Nova
York. O barril tipo West Texas
terminou o pregão valendo
US$ 78,23 -US$ 0,02 a mais
que o seu recorde anterior, alcançado em 31 de julho.
Apesar da elevação na produção dos países da Opep, os investidores continuam preocupados, segundo analistas, com
as reservas do combustível nos
Estados Unidos, no momento
em que se aproxima o inverno
do hemisfério Norte.
A organização, responsável
por cerca de 40% da produção
mundial, disse, após reunião
em Viena, que aumentará sua
produção em 500 mil barris
diários a partir de novembro,
mas se especula que a quantia
será insuficiente para atender a
demanda.
Em Nova York, o barril chegou a ser cotado a US$ 78,33 -o
recorde durante o pregão é US$
78,77- e terminou o dia com
alta de 0,95%. Já o preço do
Brent se expandiu em 1,19% e
finalizou o pregão de ontem em
Londres valendo US$ 76,38.
Apoiada pelos Estados Unidos na proposta de elevar a produção, a Arábia Saudita, o
maior produtor mundial, superou a oposição feita por Venezuela, Argélia e Irã, que também são países-membros da
Opep e para quem o mundo está bem abastecido de petróleo.
Esses três países queriam esperar até dezembro para tomar
uma decisão.
Os altos preços do combustível representam um entrave à
economia dos EUA, tradicional
aliado dos sauditas e o maior
consumidor mundial de petróleo. Em julho, os EUA importaram US$ 14,8 bilhões dos países-membros da Opep, a maior
marca desde agosto de 2006.
Com o aumento na produção, o primeiro em mais de dois
anos, a Opep se aproxima do nível atingido antes dos dois cortes no final do ano passado, que
representaram uma redução de
1,7 milhão de barris por dia. A
organização já está produzindo
cerca de 900 mil barris a mais
do que seu limite oficial.
Em julho do ano passado, o
petróleo também chegou a estar cotado em cerca de US$ 78.
Porém, depois de atingir o pico
na metade do ano, a cotação do
petróleo começou a cair e chegou a valer cerca de US$ 55 nos
meses seguintes.
A queda motivou a Opep a intervir no mercado. Em outubro, o cartel anunciou a redução de 1,2 milhão de barris na
produção diária de petróleo. O
montante representava 4,3%
da produção da Opep no mês
anterior e pouco mais de 1% do
consumo mundial. Em dezembro, ela anunciou novo corte,
de 500 mil barris diários, que
começou a valer a partir de fevereiro deste ano.
Com agências internacionais
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