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IBGE quer mudar prazo para divulgar pesquisas
Presidente do instituto nega que dado da inflação tenha vazado
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) e o
Ministério do Planejamento
estudam alterar o prazo de entrega de resultados de pesquisas conjunturais do instituto,
como o IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo), a produção industrial e o PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o
presidente do IBGE, Eduardo
Nunes, o objetivo é reduzir o
intervalo de tempo da divulgação da informação, considerado "longo". Atualmente o instituto é obrigado a entregar ao Planejamento os resultados
com 24 horas de antecedência.
Nunes negou que exista vazamento de informação dentro
do IBGE. Reportagem publicada pelo jornal "O Estado de
S.Paulo" ontem afirma que os
resultados do IPCA de setembro -divulgado anteontem- já
eram conhecidos previamente
por operadores do mercado financeiro e tesourarias.
Segundo Nunes, somente ele
próprio, a coordenadora de Índice de Preços, Eulina Nunes
dos Santos, e a diretora de pesquisas, Wasmália Bivar, conhecem o resultado, que depois é
repassado por e-mail para o ministro Paulo Bernardo e para o
assessor dele.
O procurador federal do IBGE, Carlos Alberto de Albuquerque, disse que o instituto
fará comissão interna para
apurar o caso. "É uma apuração
preliminar, que visa levantar
fatos, já que a reportagem é
muito genérica, com informações de denúncias. Havendo informações precisas a gente deve tentar concluir em um mês."
As portarias 164, de 1999, e
167, de 2003, determinam que
as informações de indicadores
conjunturais, elaborados pelo
IBGE, devem ser enviadas ao
ministro do Planejamento com
antecedência de 24 horas.
O ideal, segundo Nunes, seria
que o resultado fosse divulgado
no fim da tarde da véspera da
divulgação ou início da manhã
do próprio dia. A possibilidade
de mudança no prazo vem sendo discutida há 30 dias pelos
dois órgãos.
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