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Bush pode pedir mais prazo a órgão
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Uma brecha pode dar ao presidente George W. Bush um tempo
extra de até um ano para responder à decisão da OMC (Organização Mundial do Comércio) que
condenou os EUA por impor sobretaxa contra a importação de
aço no país. Até ontem não havia
uma posição oficial de Bush.
""Se fosse apostar em uma saída,
diria que Bush não vai fazer nada
e ganhar tempo para tomar uma
decisão", disse Aluisio de Lima
Campos, especialista em comércio de aço na embaixada do Brasil,
em Washington.
A menos de um ano da eleição
nos EUA, a Casa Branca pode pedir a abertura de um novo painel
na própria OMC por meio do qual
pediria um prazo para eliminar as
sobretaxas. Lima Campos explica
que não existe na OMC nenhuma
jurisprudência que determine o
prazo que um país tem para preparar a sua indústria para a eliminação de sobretaxas.
No caso dos EUA, como as sobretaxas para o aço terminarão
no final de 2004, o país pode tentar adiar ao máximo a decisão.
Os países afetados, por sua vez,
não podem iniciar a retaliação
sem que os EUA tenham um prazo para ""readaptar" sua indústria.
Em plena campanha eleitoral, o
melhor para Bush, de fato, é não
fazer nada. Pesquisa realizada por
empresas do setor de aço revela,
por exemplo, que 69% dos eleitores de Michigan, Ohio e Pensilvânia são a favor da manutenção das tarifas, que chegam a 30%.
Outros setores da economia
norte-americana, no entanto,
afirmam que a proteção às empresas de aço do país gerou custos
adicionais de US$ 980 milhões.
Eles alegam que a proteção ao aço
americano elevou preços e prejudicou consumidores domésticos.
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