ANA PAULA GRABOIS
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A inflação de outubro, medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços- Disponibilidade Interna), recuou para 0,44%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em setembro, tinha sido de 1,05%.
"A situação é a de um recuo geral nos preços", disse o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros.
A desaceleração de preços agrícolas no atacado e a deflação dos combustíveis foram os principais fatores para o resultado.
"Não há pressão inflacionária no horizonte, e a tendência é a de redução", disse Quadros, para quem, mesmo com o reaquecimento econômico, não há motivo para preocupações. "Esse reaquecimento não se dá de forma disseminada e veio de uma situação de muito desaquecimento."
O IPA (Índice de Preços no Atacado) desacelerou para 0,50%, após registrar 1,29% no mês anterior. Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) atingiu 0,21%, ante variação de 0,76% em setembro.
Os produtos agrícolas reduziram a alta de 3,55% para 1,30% de setembro para outubro. Os combustíveis caíram 2,8%, com destaque para o álcool hidratado (-6,05%), álcool anidro (queda de 5,20%), gasolina (-1,68%) e óleo diesel (-0,37%).
No varejo, os combustíveis também ajudaram. O álcool combustível baixou 1,59%, e a gasolina, 0,07%.
No ano, o IGP-DI acumula 6,52%. Nos últimos 12 meses, a taxa alcançou 15,78%. O IGP-DI é calculado com base em preços coletados durante todo o mês de referência. É formado pelo IPA, IPC e INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), cujos pesos são de 60%, 30% e 10%, respectivamente.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Impostos: PSDB vai ao Supremo contra alta da Cofins
Índice