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Desemprego atinge todas as classes sociais
DA SUCURSAL DO RIO
O prejuízo que a baixa
escolaridade causa na inserção do jovem no mercado de trabalho é mais grave quando se percebe que
o desemprego hoje atinge
de forma mais acentuada
os jovens de todas as classes sociais.
Segundo o Dieese, os jovens são hoje 46% dos desempregados, apesar de
representarem apenas
25% da população economicamente ativa.
Um estudo do economista Cláudio Dedecca, da
Unicamp, mostra também
que esse quadro vem se
agravando: em 1995, o desemprego atingia 13,9%
dos brasileiros entre 16 e
17 anos. Em 2004, chegou
a 24,2%
Uma extensa pesquisa
feita com 8.000 jovens pelo Ibase e pelo Instituto
Polis indica também que o
desemprego atinge todas
as classes sociais, apesar
de ser mais intenso entre
os mais pobres.
Entre jovens das classes
D e E, as mais pobres,
69,5% procuravam emprego na época da pesquisa. Entre jovens da classe
A e B, esse percentual, ainda que menor, também era
alto: 49,6%.
O relatório da pesquisa
apontava que, apesar do
aumento da escolarização
dos jovens, não houve aumento proporcional na
oferta de empregos.
"A questão do trabalho
apareceu nas entrevistas
que foram feitas na pesquisa sempre como primeiro ou segundo item a
mais preocupar os jovens
de todas as classes sociais
e níveis de escolaridade.
Esses jovens disseram
também que havia pouca
relação entre o que eles
haviam estudado e o que
precisavam para entrar no
mercado de trabalho",
afirma Patrícia Lânes, pesquisadora do Ibase.
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