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Resultado de inflação nos EUA domina pauta semanal
Fala de Bernanke também deve mexer com o mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana começa morna,
com um feriado nos Estados
Unidos. No Brasil, não há dados
econômicos relevantes programados para hoje e amanhã. Na
quinta-feira será feriado por
aqui, com o fechamento dos
mercados financeiros locais.
Mas a quarta-feira chega com
uma agenda econômica bastante pesada. Além da divulgação
do PPI (índice de preços ao
produtor americano, na sigla
em inglês) de outubro, Ben
Bernanke, presidente do Fed
(Federal Reserve, o banco central norte-americano), fará um
pronunciamento.
Na semana passada, Bernanke deu declarações, onde demonstrou preocupação com a
atividade econômica no país
nos próximos trimestres, e desagradou aos investidores.
Na quinta-feira, enquanto o
mercado doméstico estiver fechado, será a vez da divulgação
do CPI (índice de preços ao
consumidor americano) de outubro ser conhecido.
"Na semana, a agenda de indicadores dos Estados Unidos
deverá chamar a atenção dos
mercados, podendo sustentar o
cenário de cautela, com a divulgação de índices de inflação e
atividade. Caso os indicadores
mostrem inflação em alta e atividade com viés negativo, a tensão nos mercados não deverá
perder força", avalia a corretora Coinvalores.
A Bolsa de Valores de São
Paulo conseguiu se valorizar
0,42% na semana passada, escapando dos resultados negativos acumulados pelas grandes
Bolsas mundiais no período. A
Nasdaq -Bolsa eletrônica onde
são negociadas ações de importantes companhias de alta tecnologia- amargou perdas de
6,5% na semana passada. Em
Londres, a desvalorização foi
de 3,5% no período.
O que salvou a Bovespa na semana passada foi a disparada
das ações da Petrobras. A confirmação de uma descoberta de
grande reserva de petróleo e
gás na bacia de Santos (litoral
paulista) animou e atraiu novos
investidores para os papéis da
petrolífera, que encerraram a
semana com expressivos ganhos de 17,45% (ordinários) e
14,27% (preferenciais).
"Os últimos anúncios de perdas, acima do esperado, de
grandes instituições financeiras e a perspectiva de que novas
surpresas possam ocorrer no
setor devem deixar o mercado
bastante volátil. A divulgação
de dados sobre o setor imobiliário americano também será
monitorada de perto com o
preço do petróleo, que segue
próximo de US$ 100 o barril",
afirma Oscar Rudge, gestor de
renda variável da Paraty Investimentos.
O mercado mundial mostrou
na semana passada que ainda
está muito sensível a notícias
referentes aos impactos da crise do setor de crédito imobiliário de alto risco nos EUA -conhecido como "subprime"- no
desempenho dos grandes bancos. Na sexta-feira, boatos chegaram a circular pelo mercado,
segundo os quais o britânico
Barclays seria o próximo a
anunciar importantes perdas
decorrentes da crise, que sofreu seu momento mais preocupante entre julho e agosto.
Assim, na quarta-feira os investidores estarão mais uma
vez atentos à divulgação do resultado das solicitações de empréstimos imobiliários, medido
pela MBA (associação que
agrupa instituições financeiras
norte-americanas do setor de
hipotecas).
"Os ativos brasileiros deverão acompanhar os mercados
internacionais. Contudo o bom
comportamento da economia
mundial sustenta o cenário de
viés positivo para as economias
emergentes e poderá resultar
em dissociação do comportamento dos mercados locais em
relação ao exterior", avalia a
Coinvalores.
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