São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

PÉS NO BRASIL
Enfim os indianos colocaram os pés no setor sucroenergético brasileiro. A Shree Renuka Sugars Ltd. comprou a paranaense Vale do Ivaí S.A. Açúcar e Álcool. A empresa tem valor de US$ 240 milhões e capacidade de moagem de 3,1 milhões de toneladas.

MUNDO NOVO
Com isso, a Renuka, a maior refinaria de açúcar da Índia, é mais uma empresa estrangeira a participar do processo de produção de açúcar e de álcool no Brasil. O mercado brasileiro oferece vantagens como alta produtividade e baixos custos.

PRODUÇÃO INCERTA
Os indianos são grandes produtores e consumidores de açúcar, mas têm produção inconstante. De exportadores há dois anos, passaram a importadores de açúcar neste ano.

DUAS UNIDADES
Os indianos compram as duas unidades paranaenses -uma em São Pedro do Ivaí e outra em Cambuí, município de Marialva. Já a terceira unidade, localizada em Fronteira, no Triângulo Mineiro, continuará com os sócios atuais.

VÍTIMA DA CRISE
A Vale do Ivaí, assim como outras usinas, foi pega no contrapé com a crise. A empresa, que havia feito muitos investimentos, sentiu a falta de crédito provocada pela crise financeira internacional. A saída foi a negociação. A Renuka assume as dívidas.

BOM PARA A REGIÃO
Paulo Zanetti, que continuará como CEO da empresa, diz que a chegada da Renuka será boa para a região. "Serão feitos novos investimentos e haverá um aumento significativo na capacidade de produção da empresa, que abrirá uma nova unidade de açúcar em Cambuí."

UNIÃO NOS GRÃOS
A gigante francesa Louis Dreyfus Commodities e uma das principais produtoras de grãos do Brasil, a Amaggi, se uniram para atuar nos mercados de grãos da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.

OBJETIVOS
Comunicado da empresa diz que querem "originar" soja e milho, financiar produtores, trocar fertilizantes, sementes e insumos agrícolas e realizar vendas nos mercados doméstico e internacional.

MOVIMENTO
Em cinco anos, as empresas querem movimentar 1 milhão de toneladas de grãos, após investimentos de US$ 100 milhões. A previsão de faturamento é de R$ 700 milhões.

RAÇÕES
A produção de rações caiu 1,6% até setembro sobre 2008, mostra o Sindirações. O maior recuo ficou na pecuária de leite (10%), seguida da de corte (7%).


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