São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 2000

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Analistas recomendam o México, mas temem Argentina e Venezuela

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Alguns dos mais respeitados analistas de Wall Street recomendam o México como o lugar mais seguro para os investidores na América Latina em 2001. Eles também avisam que a atenção deve ser redobrada em relação à Venezuela e à Argentina.
Para os analistas, a economia mexicana se beneficia das reformas econômicas que fizeram o país ganhar a confiança dos investidores estrangeiros e do efeito favorável que o aumento do preço do petróleo teve para o país.
Segundo Tulio Vera, analista de renda fixa para mercados emergentes da Merril Lynch, a história econômica do México é "fantástica". Para ele, o país merece ter a classificação de "bom para investimentos" pelas agências de risco.
Atualmente, a Moody's classifica o México nesse patamar, mas a S&P ainda mantém o país em um nível menos otimista.
A analista Joyce Chang, do Chase Manhattan, lamenta que o governo mexicano não tenha aproveitado ainda mais o alto valor do petróleo em 2000, mas reforça o otimismo de Vera.
A situação, no entanto, é oposta em mercados como Argentina e Venezuela. Segundo Vera, a Argentina só ganhou tempo negociando pacotes de ajuda internacional, mas isso afasta o perigo do país por um período de seis a nove meses.
Arturo Porzecanski, analista do ABN Amro, é o mais otimista diante da Argentina. "O pacote é bom e permitirá uma recuperação do ritmo de crescimento."
Em um ponto todos concordam: a grande necessidade que a Argentina tem de voltar a crescer.
Mas, apesar dos problemas da Argentina, o país que mais preocupa os analistas é a Venezuela, devido à sua dependência de petróleo. Vera estima uma crise no país se os preços do petróleo ficarem abaixo dos US$ 25 o barril.




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