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Suprema Corte pode "redolarizar" depósitos hoje
DE BUENOS AIRES
A Suprema Corte da Argentina pode reviver hoje a possibilidade de "redolarizar" os depósitos transformados em pesos e retidos nos bancos desde
o início do ano. O tribunal deve
sortear hoje três juízes substitutos para atuarem nas causas
relativas aos casos da pesificação, na tentativa de destravar o
andamento dos casos. Dois dos
sete juízes se declararam impedidos de votar por terem recursos retidos nos bancos. Há
também um posto vazio.
Anteontem, mais um juiz revelou disposição de votar a favor da "redolarização", o que
poderia gerar a maioria de cinco votos para aprová-la. O juiz
Antonio Boggiano, indicado
pelo governo de Eduardo Duhalde para ocupar uma das cadeiras do Tribunal Penal Internacional, apresentou um projeto favorável aos bancos. Nele,
as instituições financeiras devolveriam os recursos aos
clientes à taxa de 1,40 peso por
dólar depositado-cotação
utilizada na pesificação-, e o
BC arcaria com a diferença necessária para atingir a cotação
do dólar no ato de devolução.
Quatro dos juízes já se diziam
favoráveis à "redolarização"
dos depósitos. Há duas semanas, vazou à imprensa a intenção de um quinto juiz, Carlos
Fayt, de também declarar inconstitucional a pesificação.
Fayt, porém, se disse impedido
para votar, depois que foi divulgado que possuía recursos
retidos no Banco Nación.
O juiz Adolfo Vázquez, um
dos quatro que sempre defenderam a ilegalidade da pesificação, anunciou, para pressionar
a Corte, que só retornaria ao
plenário quando se decidisse
julgar definitivamente as causas relacionadas ao "corralito",
ao "corralón" e à pesificação.
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