São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2001

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EUA

Tempestades e crise da liberação do mercado de energia cortam um terço da geração de eletricidade do Estado mais rico do país

Sem energia, Califórnia fica perto do apagão


DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Califórnia esteve ontem à beira de sofrer extensos apagões devido aos efeitos da maior tempestade nesse Estado norte-americano em três anos. O clima ruim e a grave crise de energia pela qual passa o Estado mais rico dos EUA fez com que a geração de eletricidade fosse reduzida em um terço.
A tempestade da quinta-feira surgiu no momento em que outras usinas de energia estavam fechadas para manutenção. A crise de geração de energia se deve ao fracasso do modelo de desregulamentação desse mercado, liberado há cerca de dois anos.
Funcionários da agência que administra a grade de eletricidade do Estado, a Operadora Independente de Sistemas da Califórnia, creditaram ao influxo de energia vinda dos Estados de Oregon e Washington pela redução do risco de blecautes.
O porta-voz do governo do Estado, Steve Maviglio, disse que as geradoras de energia se beneficiam dos preços mais altos para a venda de eletricidade no atacado, gerados pelos alertas de escassez.
A produção de energia da Califórnia caiu em mais de 15 mil megawatts -o suficiente para abastecer mais de 15 milhões de domicílios- quando chegou a tempestade da quinta-feira, com seus ventos fortes e chuvas pesadas, e algumas usinas foram atingidas por problemas mecânicos.
Pelo menos cinco usinas foram fechadas na noite de quarta ou na manhã de quinta-feira devido a necessidades de manutenção, de acordo com a Operadora Independente de Sistemas. Algumas poucas voltaram a operar na sexta, mas a agência estima que o Estado pode ainda estar produzindo 13,5 mil megawatts a menos do que sua média normal.
A tempestade causou cortes de eletricidade para mais de 20 mil consumidores em Los Angeles, e cortes dispersos foram registrados perto de San Francisco.
Bill Richardson, o secretário federal da Energia, prorrogou uma ordem de emergência que obriga as geradoras de energia de fora do Estado a vender a energia excedente à Califórnia e a continuar vendendo para a Pacific Gas & Electric Co. e à SoCal Edison a despeito dos problemas de crédito das duas empresas.


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