|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Leilão do Tesouro não vende todos os títulos
da Reportagem Local
O Tesouro Federal não vendeu
ontem todos os títulos de rolagem
da dívida interna que levou a leilão. Com a instabilidade nos mercados financeiros, os bancos pediram taxas de juros altas demais
para carregar os papéis. O Tesouro preferiu não pagá-las.
A venda menor do que a desejada ocorreu no leilão de NTN-Es,
Notas do Tesouro Nacional da série E, papéis que pagam as taxas
médias de juros dos Certificados
de Depósito Bancário de 30 dias
dos principais bancos mais uma
taxa fixa, determinada no leilão.
O Tesouro levou a leilão R$ 500
milhões de NTN-Es. Acabou vendendo apenas R$ 355 milhões.
No leilão desses papéis realizado
no último dia 6, os bancos aceitaram ficar com o papel de vencimento em junho com taxas de
2,90% ao ano, na máxima, e de
2,89% ao ano, na média.
Ontem, exigiram 3,63% ao ano,
na média, e 4,18% ao ano, na máxima, para papéis com vencimento em 7 de julho deste ano.
Mais do que os 4,18%, o Tesouro
Nacional não se dispôs a pagar aos
bancos que participaram do leilão.
Os bancos pedem taxas de juros
mais altas para carregar os papéis
pois os juros pagos pelos papéis da
dívida externa negociados no
mercado internacional subiram.
Os juros projetados pelos mercados futuros explodiram. Para fevereiro, as taxas estimadas subiram de 32,45% ao ano anteontem
para 38,89% ontem. Os juros do
over estão em 29% ao ano.
O Tesouro Nacional vendeu ontem todos os R$ 2 bilhões de
NTN-Ss, Notas do Tesouro Nacional da série S, que levou a leilão.
Esses papéis pagam juros prefixados, no caso por 20 dias, e depois
passam a render os juros do over,
o mercado por um dia, nos negócios com títulos públicos.
Apesar de vender a totalidade
dessas NTN-Ss ontem, o Tesouro
teve de aceitar pagar taxas de juros
bem acima dos 29% ao ano, as taxas praticadas no over. As taxas
máximas foram de 34,80% ao ano
e as médias, de 33,40%.
O presidente da Bolsa de Mercadorias & Futuros, Manuel Felix
Cintra Neto, informou ontem que
o total de contratos negociados na
BM&F no ano passado totalizou
87 milhões, uma redução de 28%
na comparação com o ano de
1997. O mercado crescia, mas caiu
por causa do aumento de margens
exigidas após a moratória russa.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|