São Paulo, Sábado, 13 de Fevereiro de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Dólar e juros têm queda em dia calmo

da Reportagem Local

Nada de pânico na véspera do Carnaval. O mercado financeiro operou em clima de tranquilidade ontem.
O dólar fechou com ligeira queda de 0,52%, cotado a R$ 1,91, e os juros continuaram caindo, sinalizando que os analistas não mais esperam uma puxada nos juros em fevereiro.
O dólar chegou a subir bastante na parte da manhã, batendo em R$ 1,94, mas depois recuou.
Operações de venda do Banco do Brasil foram responsáveis pela baixa, o que levantou alguma desconfiança sobre uma eventual intervenção camuflada do Banco Central.
A maioria dos analistas, entretanto, considerou o movimento do BB normal. Teriam sido apenas transações comuns a qualquer banco. Da mesma forma, na quinta-feira o Banco do Brasil havia sido um comprador de dólares.
Pela média do BC, o dólar ficou em R$ 1,898, com valorização de 0,58% sobre a média anterior. Isso quer dizer que, embora tenha fechado em um nível inferior ao da véspera, a moeda norte-americana ficou em alta na maior parte do dia.

Juros
No mercado futuro, as projeções de juros continuaram caindo, confirmando que os analistas estão mais tranquilos em relação a uma alta forte dos juros no curtíssimo prazo.
Pelo menos para fevereiro, essa possibilidade já foi descartada pelo mercado financeiro.
Os contratos que projetam a taxa para fevereiro fecharam a 39,53%, bem próximos da taxa over Ädo mercado de juros de um diaÄ, que está em 39% ao ano. No início de fevereiro, quando o nervosismo era grande, esse contrato chegou a ficar acima de 50%.
As projeções para março também caíram, de 47,83% para 46,04%, embutindo ainda uma expectativa de elevação dos juros.
Outro sinal da crença na manutenção dos juros no curto prazo foi dado no leilão de títulos do Tesouro. Um lote de 3,5 milhões de NTN-S saiu a uma taxa média de 38,33% ao ano, abaixo, portanto, da taxa over.
Esses papéis são do tipo "híbrido": pagam juro prefixado na primeira semana e depois, até o vencimento (em 16 de fevereiro do ano que vem), acompanham a taxa over. (VANESSA ADACHI)




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