São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 2002

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CONJUNTURA

Organismo eleva estimativa, que antes era de 0,7%

AL crescerá 1% em 2002, prevê FMI

9.mar.02/France Presse
Claudio Loser, do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI


JULIANNA SOFIA
ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA

O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou suas projeções de crescimento para América Latina e Caribe neste ano. De 0,7% previsto inicialmente, a taxa projetada para o desempenho econômico da região passou para 1%, segundo o Fundo.
Os prognósticos divulgados ontem pelo FMI mostram que a economia desses países pode alcançar 2,5% de crescimento, se for excluído o resultado da Argentina. O Fundo trabalha com estimativa de queda superior a 5% do PIB (Produto Interno Bruto) do país vizinho.
Para o Brasil, a taxa de crescimento esperada em projeções anunciadas no final do ano passado foi mantida em 2,5%. Isso representa, no entanto, que o país crescerá mais que a expectativa inicial do Fundo Monetário.
Isso porque a primeira estimativa considerava que o Brasil cresceria mais que a taxa de 1,5% registrada no ano passado. Ao revisar suas projeções, porém, o FMI levou em conta a taxa de 2001.
Segundo o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo, Claudio Loser, a melhora nas perspectivas de crescimento na região se deve à recuperação da economia global, principalmente, a dos EUA. "A recuperação norte-americana está sendo mais forte do que pensávamos no final do ano passado", avaliou.
O FMI estima que os EUA cresçam 1,7% neste ano. O desempenho da economia mundial, de acordo com o Fundo, deverá apresentar crescimento de 2% em 2002 e de mais de 4% no próximo ano. Para a América Latina e Caribe, a taxa esperada para o ano que vem oscila entre 3% e 4%.
"Mas tudo isso vai depender das condições existentes. Dependerá muito das economias mais avançadas", ressalvou Loser. "Os resultados também vão depender da percepção de que a América Latina está fazendo as coisas bem", acrescentou.
Para ele, a Argentina está começando a operar novamente de forma mais normal, o que contribui para o desempenho da região.
Loser disse que não há preocupação sobre a política econômica brasileira após as eleições.
"Em todo processo democrático, existem riscos de mudanças de partidos no governo. mas quanto mais perto um partido fica de chegar ao poder, com mais cuidado apresenta suas posições", concluiu.



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