São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Eleição racha conselho de economistas

A eleição para presidente e vice-presidente do conselho dos economistas de São Paulo, realizada em janeiro, provocou um racha na entidade.
O Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo) vai receber uma intimação de medida liminar concedida pela Justiça Federal de São Paulo que suspende o efeito das eleições para presidente e vice.
A eleição de Pedro Gomes e Gilson Garófalo foi considerada inválida pois ambos já atuavam como conselheiros efetivos em mandatos que terminariam neste ano, mas o estatuto da entidade impede que conselheiros nesta situação se candidatem às vagas a que foram eleitos, segundo Carlos Peña, advogado da chapa opositora, que conduziu as ações.
O presidente eleito, Pedro Gomes, diz que ainda não foi notificado, mas vai recorrer, pois a ação da chapa opositora, que pediu a anulação, desconsiderou outro artigo do regimento, que valida o resultado.
"Cumpriremos a decisão judicial assim que ela chegar, mas vamos recorrer, pois estou sendo tolhido do direito de assumir. Há no estatuto outro artigo que eles subtraíram na ação", afirma Gomes.
Na impossibilidade de o presidente ocupar o cargo, assumiria o conselheiro mais antigo.
Outra liminar suspende os efeitos da eleição de Orozimbo de Moraes para o mandato de conselheiro efetivo.
Moraes entrou no lugar de Roberto Luis Troster, que havia sido impedido de assumir por não possuir nacionalidade brasileira. Moraes, no entanto, era membro da chapa adversária à de Troster.

AVANÇO PROVENÇAL

A L'Occitane está com muitos planos para o Brasil neste ano. A empresa, que desde o meio do ano passado atua no país como filial da matriz francesa, vai investir R$ 10 milhões na expansão da rede, em abertura de lojas, em marketing e em treinamento. Estão previstas ao menos 15 novas lojas neste ano, entre unidades próprias e franquias. "O objetivo é estar em 2010 nas principais cidades do país, de Santos a Maceió", diz Anna Chaia, presidente da L'Occitane no Brasil. O mercado brasileiro ocupa o 5º lugar entre os países mais importantes para a empresa. A loja do shopping Iguatemi desponta entre as dez que mais vendem no mundo. O mercado de cosméticos no Brasil, segundo Chaia, cresce na casa de dois dígitos a cada ano. "O consumo per capita desses produtos é de R$ 126 ao ano", diz. No final de abril, a empresa irá inaugurar nova loja no shopping Cidade Jardim (SP), com conceito diferente das demais. "Será como uma loja de rua da Europa. Terá iluminação natural, toldos e três entradas."

MIGRANTE
O economista Marcio Pochmann decidiu instalar em Belém, ainda durante este ano, a primeira subsede regional do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A entidade irá repassar ao Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará as metodologias de cálculo de indicadores, como PIB potencial e outros.

PENTEADEIRA
As exportações do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceram 20,7% no primeiro bimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2009, segundo a Abihpec (associação que reúne os fabricantes). O crescimento foi puxado pelo setor de higiene oral, que acumula nos dois primeiros meses alta de 94,5%.

HISTÓRIA DA CANA

Em 1629, o Brasil contava com cerca de 346 engenhos de cana. Hoje são 400 usinas em operação. Os dados farão parte de um livro, a ser lançado em 2011, cuja pesquisa será custeada pela Odebrecht. Para participar do projeto, o economista e historiador Daniel Strum ganhou a 6ª edição do Prêmio Clarival do Prado Valladares, iniciativa da companhia de apoio à pesquisa histórica. "Hoje o comércio do açúcar é muito menos estudado do que a produção. Quero dar um panorama geral de como funcionava a comercialização." Strum diz que, de 1570 a 1612, o número de engenhos de açúcar no Brasil subiu de cerca de 60 para 192. A partir daí, novos engenhos seriam construídos continuamente, atingindo 346 em 1629.

LULUS
O livro "Clube do Dinheiro" (ed. Academia, 207 págs.) conta a história de cinco mulheres que gastavam mais do que ganhavam -e achavam que não recebiam o merecido. Formaram um clube e descobriram como administrar as finanças em grupo. Jennifer Barrett, colaboradora do "Wall Street Journal", ajudou-as a escrever o livro.


com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK


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