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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Eleição racha conselho de economistas
A eleição para presidente e
vice-presidente do conselho
dos economistas de São Paulo,
realizada em janeiro, provocou
um racha na entidade.
O Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São
Paulo) vai receber uma intimação de medida liminar concedida pela Justiça Federal de São
Paulo que suspende o efeito das
eleições para presidente e vice.
A eleição de Pedro Gomes e
Gilson Garófalo foi considerada inválida pois ambos já atuavam como conselheiros efetivos em mandatos que terminariam neste ano, mas o estatuto
da entidade impede que conselheiros nesta situação se candidatem às vagas a que foram
eleitos, segundo Carlos Peña,
advogado da chapa opositora,
que conduziu as ações.
O presidente eleito, Pedro
Gomes, diz que ainda não foi
notificado, mas vai recorrer,
pois a ação da chapa opositora,
que pediu a anulação, desconsiderou outro artigo do regimento, que valida o resultado.
"Cumpriremos a decisão judicial assim que ela chegar, mas
vamos recorrer, pois estou sendo tolhido do direito de assumir. Há no estatuto outro artigo que eles subtraíram na
ação", afirma Gomes.
Na impossibilidade de o presidente ocupar o cargo, assumiria o conselheiro mais antigo.
Outra liminar suspende os
efeitos da eleição de Orozimbo
de Moraes para o mandato de
conselheiro efetivo.
Moraes entrou no lugar de
Roberto Luis Troster, que havia sido impedido de assumir
por não possuir nacionalidade
brasileira. Moraes, no entanto,
era membro da chapa adversária à de Troster.
AVANÇO PROVENÇAL
A L'Occitane está com muitos planos para o Brasil neste ano. A empresa, que desde o meio do ano passado atua
no país como filial da matriz francesa, vai investir R$ 10
milhões na expansão da rede, em abertura de lojas, em
marketing e em treinamento. Estão previstas ao menos
15 novas lojas neste ano, entre unidades próprias e franquias. "O objetivo é estar em 2010 nas principais cidades
do país, de Santos a Maceió", diz Anna Chaia, presidente
da L'Occitane no Brasil. O mercado brasileiro ocupa o 5º
lugar entre os países mais importantes para a empresa. A
loja do shopping Iguatemi desponta entre as dez que mais
vendem no mundo. O mercado de cosméticos no Brasil,
segundo Chaia, cresce na casa de dois dígitos a cada ano.
"O consumo per capita desses produtos é de R$ 126 ao
ano", diz. No final de abril, a empresa irá inaugurar nova
loja no shopping Cidade Jardim (SP), com conceito diferente das demais. "Será como uma loja de rua da Europa.
Terá iluminação natural, toldos e três entradas."
MIGRANTE
O economista Marcio
Pochmann decidiu instalar
em Belém, ainda durante este ano, a primeira subsede
regional do Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica
Aplicada). A entidade irá repassar ao Instituto de Desenvolvimento Econômico,
Social e Ambiental do Pará
as metodologias de cálculo
de indicadores, como PIB
potencial e outros.
PENTEADEIRA
As exportações do setor
de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceram 20,7% no primeiro bimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2009, segundo a
Abihpec (associação que
reúne os fabricantes). O
crescimento foi puxado pelo setor de higiene oral, que
acumula nos dois primeiros
meses alta de 94,5%.
HISTÓRIA DA CANA
Em 1629, o Brasil contava com cerca de 346 engenhos de cana. Hoje são
400 usinas em operação.
Os dados farão parte de
um livro, a ser lançado em
2011, cuja pesquisa será
custeada pela Odebrecht.
Para participar do projeto,
o economista e historiador Daniel Strum ganhou
a 6ª edição do Prêmio Clarival do Prado Valladares,
iniciativa da companhia
de apoio à pesquisa histórica. "Hoje o comércio do
açúcar é muito menos estudado do que a produção.
Quero dar um panorama
geral de como funcionava
a comercialização." Strum
diz que, de 1570 a 1612, o
número de engenhos de
açúcar no Brasil subiu de
cerca de 60 para 192. A
partir daí, novos engenhos
seriam construídos continuamente, atingindo 346
em 1629.
LULUS
O livro "Clube do Dinheiro" (ed. Academia,
207 págs.) conta a história de cinco mulheres
que gastavam mais do
que ganhavam -e achavam que não recebiam o
merecido. Formaram
um clube e descobriram
como administrar as finanças em grupo. Jennifer Barrett, colaboradora do "Wall Street
Journal", ajudou-as a
escrever o livro.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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