Fundo recupera parte do superavit perdido na crise

DA SUCURSAL DO RIO

Com a recuperação da Bolsa, a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, obteve em 2009 rentabilidade na casa de 28% para seus dois planos de previdência. O resultado é quase o triplo do que tinha como meta atuarial (mínima para crescimento do patrimônio), que era de 10,1%.
Além da meta atuarial, a rentabilidade atingida supera a média dos fundos de pensão, de 21%, segundo a Previ.
Com o resultado, o fundo recompôs parcialmente o superavit que havia perdido no auge da crise. O excesso de recursos cresceu 68% em 2009, de R$ 26,3 bilhões para R$ 44,2 bilhões. Esse superavit é, na prática, um excedente contábil que o fundo teria mesmo se pagasse hoje todas os benefícios a que os associados teriam direito até a morte, incluídas as reversões para dependentes.
A recuperação ainda não trouxe o superavit para o seu ponto máximo, atingido no fim de 2007, de R$ 53 bilhões no chamado Plano 1, no qual estão funcionários mais antigos e seus dependentes. São 86 mil recebendo o benefício e 34 mil ativos. O patrimônio atingiu R$ 142 bilhões no fim de 2009.
Com isso, esses associados ficaram mais um ano sem pagar nenhuma contribuição para o plano. Desde 2007 os beneficiários não contribuem, graças ao grande superavit.
A Previ é o maior fundo de pensão do país e também o maior investidor. Possui participação em cerca de 70 empresas, entre elas Vale, Oi, ALL, Embraere BR Foods.
A Previ tem hoje 178 mil participantes, entre funcionários, aposentados e pensionistas.


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