São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2004

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CRÉDITO

Número revela intenção de investimento das empresas

Pedidos de empréstimos do BNDES somam R$ 15,9 bi no 1º trimestre

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

Os pedidos de novos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um dos indicadores das intenções de investimentos das empresas, cresceram no primeiro trimestre deste ano 161% em relação ao mesmo período de 2003, somando R$ 15,9 bilhões.
De um modo geral, todos os indicadores de desempenho das operações de crédito do BNDES apresentaram crescimento significativo em relação ao mesmo período de 2003, especialmente no mês de março. Os enquadramentos (decisão de que o pedido é passível de ser financiado) cresceram 262%, e as aprovações de novos empréstimos aumentaram 73% no trimestre.
"No que diz respeito aos investimentos feitos com recursos do banco, março teve uma performance excelente, acima das expectativas", disse Maurício Piccinini, superintendente de Planejamento do banco estatal.
A base de comparação contribuiu para o crescimento apresentado, já que o primeiro trimestre de 2003, período de estruturação da atual gestão do banco, foi particularmente fraco. No final de março do ano passado, as consultas mostravam queda de 57%, e as aprovações, de 65% em relação ao primeiro trimestre de 2002.
As consultas de março somaram R$ 9,57 bilhões, mais de R$ 3 bilhões acima do total acumulado em janeiro e fevereiro.
"O que observamos nos números é a manutenção de uma tendência [de crescimento] iniciada em setembro do ano passado", disse o superintendente. Segundo ele, historicamente os números do BNDES só começam a crescer de maneira significativa a partir de junho.
Os desembolsos de recursos para empréstimos já contratados atingiram de janeiro a março R$ 8,49 bilhões, crescendo 72% sobre o mesmo período do ano passado. O número ainda é modesto se for levado em conta que o banco estatal pretende emprestar neste ano R$ 47,3 bilhões. Do total desembolsado, R$ 3,26 bilhões foram em março.
No ano, R$ 4,33 bilhões (51% do total) já foram para a área industrial (aumento de 78%). Os desembolsos para micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 2,7 bilhões até março, com crescimento de 70%.


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