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CRÉDITO
Número revela intenção de investimento das empresas
Pedidos de empréstimos do BNDES somam R$ 15,9 bi no 1º trimestre
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
Os pedidos de novos empréstimos do BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social), um dos indicadores das
intenções de investimentos das
empresas, cresceram no primeiro
trimestre deste ano 161% em relação ao mesmo período de 2003,
somando R$ 15,9 bilhões.
De um modo geral, todos os indicadores de desempenho das
operações de crédito do BNDES
apresentaram crescimento significativo em relação ao mesmo período de 2003, especialmente no
mês de março. Os enquadramentos (decisão de que o pedido é
passível de ser financiado) cresceram 262%, e as aprovações de novos empréstimos aumentaram
73% no trimestre.
"No que diz respeito aos investimentos feitos com recursos do
banco, março teve uma performance excelente, acima das expectativas", disse Maurício Piccinini, superintendente de Planejamento do banco estatal.
A base de comparação contribuiu para o crescimento apresentado, já que o primeiro trimestre
de 2003, período de estruturação
da atual gestão do banco, foi particularmente fraco. No final de
março do ano passado, as consultas mostravam queda de 57%, e as
aprovações, de 65% em relação ao
primeiro trimestre de 2002.
As consultas de março somaram R$ 9,57 bilhões, mais de R$ 3
bilhões acima do total acumulado
em janeiro e fevereiro.
"O que observamos nos números é a manutenção de uma tendência [de crescimento] iniciada
em setembro do ano passado",
disse o superintendente. Segundo
ele, historicamente os números
do BNDES só começam a crescer
de maneira significativa a partir
de junho.
Os desembolsos de recursos para empréstimos já contratados
atingiram de janeiro a março R$
8,49 bilhões, crescendo 72% sobre
o mesmo período do ano passado. O número ainda é modesto se
for levado em conta que o banco
estatal pretende emprestar neste
ano R$ 47,3 bilhões. Do total desembolsado, R$ 3,26 bilhões foram em março.
No ano, R$ 4,33 bilhões (51% do
total) já foram para a área industrial (aumento de 78%). Os desembolsos para micro, pequenas
e médias empresas somaram R$
2,7 bilhões até março, com crescimento de 70%.
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