|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRÉ-COPOM
Levantamento do BC revela expectativa; nas 15 reuniões passadas, porém, analistas erraram previsões em nove vezes
Mercado espera queda dos juros para 16%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REDAÇÃO
O mercado financeiro espera
que o governo mantenha a trajetória de queda da taxa de juros, retomada no mês passado, e que o
Copom (Comitê de Política Monetária) volte a reduzir amanhã a
Selic em 0,25 ponto percentual.
Levantamento feito na semana
passada pelo Banco Central com
instituições financeiras e consultorias revelou que analistas esperam a redução dos juros de
16,25% para 16% ao ano.
Esse dado revela a expectativa
média das instituições ouvidas
pelo BC. Um levantamento feito
pela Folha sobre todas as reuniões do Copom que aconteceram durante o governo Lula (que
começou em janeiro de 2003)
mostra que o índice de acerto do
mercado financeiro tem sido baixo: das 15 decisões tomadas, só
seis bateram com as previsões.
O último erro de previsão aconteceu no mês passado, quando a
expectativa média era de manutenção dos juros e houve uma
queda de 0,25 ponto percentual.
A análise na última reunião, porém, pode ter sido atropelada por
uma mudança de atitude do BC.
Na ata da reunião de março, o BC
reconheceu que os aumentos de
preços ocorridos no início do ano
podem estar relacionados a choques de ofertas (como queda na
disponibilidade interna de produtos), o que até então não havia sido admitido claramente.
A reunião de abril do Copom
começa hoje e será encerrada
amanhã, quando o BC divulgará a
taxa de juros que vai valer como
base para a economia brasileira
nos próximos 30 dias.
Esperança
Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan,
disse esperar que o BC anuncie
um corte de "pelo menos" 0,25
ponto percentual. "Espero [um
corte] de no mínimo 0,25 ponto",
afirmou o ministro em passagem
pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Furlan preferiu não polemizar
ao ser questionado sobre a necessidade de um corte maior. Disse
apenas que a agressividade na redução da taxa "vai depender das
análises técnicas do BC".
O ministro já disse, no mês passado, acreditar que é possível ter
uma taxa real de juros de 6% a 8%
ao ano, o que, no entender dele,
significaria uma Selic de 12% a
13%. A expectativa de analistas do
mercado é que a taxa básica de juros encerre 2004 a 14%.
Texto Anterior: Petróleo caro: Petrobras nega defasagem no preço dos combustíveis Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|