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TELEFONIA
Operadora exibe estudo sobre "insustentabilidade" da proposta de fixas
Embratel vê "guerra de pareceres"
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
MARCELO SAKATE
DA REDAÇÃO
A contenda pela aquisição da
Embratel deflagrou uma "guerra"
de pareceres entre a operadora de
longa distância e o consórcio formado pelas maiores companhias
de telefonia fixa do país, Brasil Telecom, Telemar e Telefônica.
Ontem a Embratel enviou a três
órgãos reguladores brasileiros,
Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica), Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) e SDE (Secretaria de Direito Econômico), um estudo de
uma consultoria norte-americana, a Boston Consulting Group, e
pareceres de especialistas.
Segundo a Embratel, o estudo
demonstra a insustentabilidade
econômica e financeira da proposta de desmembramento apresentada pela Calais, nome do consórcio das operadoras fixas.
A empresa encomendou oito
pareceres. Entre os autores estão
o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Direito Econômico
Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, o
ex-conselheiro do Cade Afonso
Arinos de Mello, o ex-secretário
de Comunicações Mário Leonel
Neto e o ex-economista-chefe do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Armando Castelar.
Na quarta-feira passada, ao justificar a nova proposta pela Embratel, a Calais afirmou confiar no
aconselhamento de consultores
da área regulatória, "alguns dos
maiores e mais respeitados especialistas do setor no Brasil", de
que a oferta seria aprovada.
A Calais disse assegurar que a
MCI, detentora do controle da
Embratel, receba ao menos US$
360 milhões -valor correspondente ao oferecido pela mexicana
Telmex- caso sua proposta seja
aceita por ela, mas não aprovada
pelas autoridades regulatórias.
A lista dos especialistas que elaboraram pareceres para as fixas
inclui o ex-presidente da Anatel
Renato Guerreiro, o ex-presidente da CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) Arnold Wald, um
dos autores da Lei das Sociedades
Anônimas, José Luiz Bulhões Pedreira, e um advogado que assessorou o governo FHC na elaboração da Lei Geral de Telecomunicações, Carlos Ari Sundfeld.
A Calais disse que a iniciativa da
Embratel de enviar os documentos objetiva só "tumultuar o processo de venda e influenciar de
forma ilegítima as autoridades".
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