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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Indústria mantém ritmo forte de expansão
Apesar da valorização do
câmbio, dos juros altos e das
queixas dos empresários, a indústria cresce a um ritmo acelerado no início deste ano. Após
crescimento de 0,3% em fevereiro em relação a janeiro, a
consultoria Tendências prevê
um número bem mais otimista
para março. A previsão é de alta
de 0,8% em relação ao mês anterior e de 2,9% em comparação a março do ano passado.
Segundo Ana Carla Abrão
Costa, da Tendências, esses números mostram uma expansão
muito forte da indústria e indicam que o crescimento do setor
pode ser maior do que a consultoria prevê.
A previsão da Tendências é
de um crescimento da indústria de 3,8% no ano para uma
alta de 4% do PIB, mas, se for
mantido esse ritmo de crescimento de março, esses números terão de ser revistos para cima.
A Tendências utiliza como
base para sua previsão, os chamados indicadores antecedentes da indústria, que mostraram em março um crescimento
significativo.
A produção de veículos da
Anfavea, por exemplo, cresceu
6,4%; o fluxo de veículos pesados da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de
Rodovias), 1,5%; o consumo de
energia elétrica da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), 3,4%; e a expedição de
papelão ondulado, 2,7%.
O que esses números parecem indicar, segundo Costa, é
que, pelo menos por enquanto,
a valorização do câmbio está
provocando um efeito positivo
sobre a indústria. Ou seja, as
empresas estão aproveitando o
dólar barato para investir pesado na importação de bens de
capital e, assim, modernizar o
parque produtivo e ganhar eficiência na produção.
"O câmbio não tem só o papel
de prejudicar a indústria. Ele
tem o seu lado bom", diz a economista. "Aliado às tendências
positivas de massa salarial e
crédito, que deverão continuar
dando fôlego ao consumo, ao final do ano teremos mais a comemorar do que a lamentar."
Diante disso, a economista
diz acreditar que o Banco Central age de forma correta ao
manter a cautela no ritmo de
redução dos juros. A tendência
é de manter os cortes em 0,25
ponto percentual,
Sindicato lança passaporte para cinema em SP
O Seecesp (Sindicato das
Empresas Exibidoras Cinematográficas de São Paulo)
vai estrear o projeto "São
Paulo no Cinema" em quase
300 salas de cinema da
Grande São Paulo.
Entre os dias 15 e 17, o espectador que assistir a qualquer filme em um dos cinemas participantes receberá
um passaporte, com o qual
poderá, durante os três dias,
assistir a até outros 14 filmes, pagando R$ 3 por sessão.
Com o projeto -que deve
se tornar anual e ser expandido para todo o Estado já
em 2008- "o sindicato espera aumentar em até 50% o
movimento dos cinemas durante a realização do evento", de acordo com Eli Jorge,
presidente da entidade.
Participam da iniciativa
exibidoras como Cine Sesc,
Cinemark, Circuito Cinearte, Gemini, HSBC Belas Artes, Kinoplex, PlayArte Cinemas, Reserva Cultural,
Unibanco Arteplex, UCI Cinemas e outros.
IBM defende incentivo para tecnologia
O presidente da IBM do
Brasil, Rogério Oliveira, afirmou que seria "desejável"
que o governo brasileiro
criasse mais incentivos às
empresas nacionais para investimento em tecnologia.
A média por aqui é que as
companhias gastem 2% do
faturamento em TI. Em outros países, o percentual é
equivalente a 5%.
Além da necessidade de
uma visão estratégica para o
setor produtivo nacional, o
presidente da IBM aponta
distorções às quais estão
submetidas as empresas locais: encargos sociais pesados e custo alto dos componentes. "Ele é entre 30% e
45% mais caro do que o custo
de fabricar na Índia", disse.
Um dos participantes do
IT Fórum, evento organizado pela IT Media em Comandatuba, Oliveira informou
que conversa com governos
dos Estados para criar novos
centros de tecnologia da
IBM no Brasil.
A empresa deve contratar
mais 2.500 pessoas. "Não
posso adensar minhas atividades e não é bom para o país
ter uma concentração excessiva de tecnologia em apenas
um único lugar", explicou
Oliveira. "Mas, para escolher, preciso ter a confirmação de demanda."
Para o presidente da IBM,
o governo brasileiro deveria
expandir o uso da tecnologia.
"Há centros de excelência,
como os bancos estatais, mas
ainda é um uso incipiente
perto do que poderia existir".
SUSPENSE
Há grande expectativa no mercado em relação à indicação
por Silas Rondeau (Minas e Energia) do novo presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A nomeação do
presidente, cujo salário é R$ 30 mil, será neste mês. Atualmente, o cargo é do petista Antonio Carlos Fraga Machado.
MÁ EDUCAÇÃO
Dan O" Brien, editor sênior da unidade de inteligência da revista "The Economist" e o economista Eduardo Giannetti da
Fonseca farão palestra em evento da Fundação Lemann, dia 19,
sobre a baixa propensão no Brasil para enfrentar a má qualidade da educação.
SANGUE AZUL
O Príncipe Andrew, duque
de York e representante especial do Reino Unido para
comércio e investimento internacionais, inicia sua programação em São Paulo com
duas reuniões, na próxima
segunda. Uma delas será
com as empresas britânicas
JCB, CFS, KPMG, Pricewaterhousecoopers e Clifford
Chance. A outra será com as
companhias brasileiras Sadia, Perdigão e JBS (detentora das marcas Friboi e
Mouran).
PUNIÇÃO
A Dow Chemical, maior
empresa do setor químico
dos EUA, demitiu, ontem
pela manhã, dois executivos
por conversas desautorizadas em uma potencial compra da companhia. Pedro
Reinhard, membro do conselho que ocupou alto cargo
de finanças na empresa, e
Romeo Kreinberg, vice-presidente executivo, se envolveram em atividades "altamente impróprias", segundo a companhia. Enquanto
isso, no Brasil...
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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