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ENTENDA
Petrobras assumiu plano de usinas
DA REPORTAGEM LOCAL
As termelétricas demoraram a sair do papel. Dificilmente sairiam se do governo
não viesse a ordem para que
a Petrobras agisse.
A desconfiança dos investidores privados, que preferiram "esperar para ver",
exigiu que a empresa assumisse o papel de investidor
estratégico, criando garantias e assumindo riscos.
Sob responsabilidade da
estatal brasileira ficou a solução do impasse dos preços
do gás. A empresa também é
investidora ou parceira estratégica das únicas usinas
que até agora começaram a
ser implantadas: garantiu o
gás e a comercialização.
O novo negócio vai permitir que a Petrobras, que consome 2,8 milhões de megawatts-hora por ano -o que
equivale a todo o consumo
para uso comercial da região
Centro-Oeste-, se torne
auto-suficiente em energia.
Ou seja, a companhia não
precisará comprar mais eletricidade.
Experiência
Os técnicos da Petrobras
têm experiência em projetos
de geração e co-geração de
energia há mais de 40 anos.
As plataformas continentais,
por exemplo, geram a eletricidade de que precisam. Um
rearranjo os transferiu para
a unidade de gás e energia.
O plano estratégico da empresa mudou um pouco.
Agora, o objetivo é transformá-la numa "empresa integrada de energia", que fornecerá no Brasil, por exemplo, a maior parte do gás que
será usado pelas termoelétricas e pelas indústrias que
passarão a gerar energia elétrica em suas fábricas.
As estimativas são que o
gás, que hoje representa apenas 3% da matriz energética
brasileira, tenha uma participação de 10% até 2005.
Novos negócios
A experiência em co-geração e autogeração criará novos negócios. Estão em andamento 37 projetos de geração distribuída -geração
de energia, em pequena
quantidade, próxima ao
consumidor, como um
shopping, por exemplo.
Todos consumirão o gás
da empresa para gerar eletricidade. Pelos menos novos
230 potenciais projetos já foram identificados pelos técnicos da empresa -todos
nas proximidades dos dutos
da Petrobras, claro.
(MB)
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