São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUSÃO Cortes de energia ameaçam fechar sorveterias e frigoríficos Fábrica de gelo pode derreter
JOSÉLIA AGUIAR DA REPORTAGEM LOCAL O prejuízo provocado por horas de apagão pode até fechar as portas de sorveterias, fabricantes de gelo, frigoríficos e outras empresas que dependem diretamente da energia para funcionar. O alento de alguns é que a falta de energia começará com o inverno, época em que o consumo de seus produtos cai. "Ainda bem que não estamos no verão. O prejuízo seria maior", diz Rodolfo Vieira Filho, um dos donos da K-Gelo, fábrica de gelo na capital paulista. A maioria dos empresários do setor ouvidos pela Folha considera inviável a compra de um gerador por causa do alto custo do equipamento. "A preocupação é grande. Posso perder todo o meu produto", diz Antônio Pereira da Cruz, dono da Kishow, sorveteria em São Miguel Paulista (SP). A angústia atinge também donos de empresas de maior porte -mesmo com a sobrevivência empresarial garantida, a perda de dinheiro ainda é difícil de calcular. A Só-Gelo, uma das maiores fabricantes de gelo do país, possui com a Eletropaulo um contrato para usar energia em horários predeterminados. Pelo acordo, se precisar de luz das 17h30 às 20h30, paga três vezes o valor da tarifa normal. "Se tivermos de parar quatro horas, das 12h às 16h, não poderemos mais ligar as máquinas naquele dia. Elas demoram uma hora para voltar a funcionar", explica Sérgio Mauad, diretor. Ariovaldo Ripani, gerente do frigorífico Ipanema, também na capital paulista, diz que, em último caso, se tudo o que tiver nas 12 câmaras frigoríficas se perder, o prejuízo superaria os R$ 3 milhões. Texto Anterior: Equipamentos dão segurança a empresas Próximo Texto: Banco estuda atender em outro horário Índice |
|