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ENTENDA
Mercado atacadista funciona como bolsa de negócios
DA REPORTAGEM LOCAL
O MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica) começou a operar em setembro do ano passado.
É uma espécie de bolsa de
mercadorias, só que em vez
de soja, milho e dólar as empresas compram e vendem
energia elétrica.
Participam desse mercado
geradores de energia, distribuidores e consumidores.
Quem tem eletricidade sobrando vende àqueles que
na última hora precisam de
alguns megawatts extras.
Fisicamente, o MAE funciona como uma câmara de
compensação. Uma empresa do Rio de Janeiro pode
comprar, por exemplo, 5
MW de uma indústria gaúcha que tenha usina própria
para gerar eletricidade.
Fechado o negócio, a empresa do Rio pode retirar
mais 5 MW do sistema de
transmissão de energia (que
é o mesmo para todo país) e
os gaúchos injetam a mesma
quantidade de eletricidade
na rede.
O MAE nasceu do novo
modelo desenhado pelo governo para abrir o mercado
de energia elétrica. Até então, quem regulava preço e
prazo era o governo.
A Asmae (Administradora
de Serviços do Mercado Atacadista de Energia Elétrica) é
o braço executivo do MAE.
A administradora faz cálculos dos valores das tarifas,
estabelece penalidades para
as empresas, cuida da liquidação de faturas e da apresentação de garantias das
empresas.
A administradora de serviços funciona também como
uma espécie de diretoria de
Bolsa de Valores.
A Asmae funciona como
um órgão regulador de primeira instância do comércio
de energia. Se há algum atrito entre comprador e vendedor, o caso pode ir para o
Comae, que é o conselho superior da Asmae. Depois do
conselho vem a Aneel, que
seria o órgão de terceira instância.
Para comprar e vender no
MAE, a empresa tem de consumir no mínimo 3 MW por
mês e também apresentar
garantias que equivalham a
30% do valor do negócio.
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