São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001

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ENTENDA

Mercado atacadista funciona como bolsa de negócios

DA REPORTAGEM LOCAL

O MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica) começou a operar em setembro do ano passado.
É uma espécie de bolsa de mercadorias, só que em vez de soja, milho e dólar as empresas compram e vendem energia elétrica.
Participam desse mercado geradores de energia, distribuidores e consumidores. Quem tem eletricidade sobrando vende àqueles que na última hora precisam de alguns megawatts extras.
Fisicamente, o MAE funciona como uma câmara de compensação. Uma empresa do Rio de Janeiro pode comprar, por exemplo, 5 MW de uma indústria gaúcha que tenha usina própria para gerar eletricidade.
Fechado o negócio, a empresa do Rio pode retirar mais 5 MW do sistema de transmissão de energia (que é o mesmo para todo país) e os gaúchos injetam a mesma quantidade de eletricidade na rede.
O MAE nasceu do novo modelo desenhado pelo governo para abrir o mercado de energia elétrica. Até então, quem regulava preço e prazo era o governo.
A Asmae (Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia Elétrica) é o braço executivo do MAE. A administradora faz cálculos dos valores das tarifas, estabelece penalidades para as empresas, cuida da liquidação de faturas e da apresentação de garantias das empresas.
A administradora de serviços funciona também como uma espécie de diretoria de Bolsa de Valores.
A Asmae funciona como um órgão regulador de primeira instância do comércio de energia. Se há algum atrito entre comprador e vendedor, o caso pode ir para o Comae, que é o conselho superior da Asmae. Depois do conselho vem a Aneel, que seria o órgão de terceira instância.
Para comprar e vender no MAE, a empresa tem de consumir no mínimo 3 MW por mês e também apresentar garantias que equivalham a 30% do valor do negócio.


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