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Apesar da queda, Sudeste é o líder
DA SUCURSAL DO RIO
Apenas quatro Estados -São
Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná
e Minas Gerais- representavam
66,2% da produção agroindustrial em 2001. São Paulo liderava o
ranking: sua produção correspondia a 31,9% do total, segundo
o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Apesar disso, houve um processo de desconcentração regional,
informou Silvio Sales, chefe do
Departamento de Indústria do
IBGE. É que parte da produção
migrou do Sudeste com destino a
duas outras regiões do país: Sul e
Centro-Oeste.
Em 1996, o Sudeste abocanhava
50,8% de tudo o que era produzido pela agroindústria. Cinco anos
mais tarde, o percentual caiu para
44,3%. No mesmo período, o Sul
passou de 29,3% para 34,1%. O
Centro-Oeste, de 6,5% para 8,6%.
Nordeste perde espaço
Foi o Nordeste que cedeu espaço. Sua participação na produção
total do setor recuou de 11,1% em
1996 para 10,3% em 2001. Com
pequena importância, o Norte
avançou um pouco, passando de
2,3% para 2,7%.
De 1996 a 2001, os Estados que
mais aumentaram sua participação relativa foram Acre, Tocantins e Roraima. O que mais perdeu foi Pernambuco, segundo o
IBGE.
Por setores, o de maior importância em 1996 era o de álcool em
São Paulo. Com melhores preços
e atendendo mais ao mercado externo, foi superado em 2001 pelo
de açúcar, também em São Paulo.
Segundo especialistas, o crescimento do açúcar deve se manter
em 2002 e 2003, graças à recuperação dos preços internacionais
do produto, o que estimulou os
usineiros a deixar de fabricar álcool e passar a produzir açúcar.
Só o álcool em São Paulo respondia por 5,7% de tudo o que era
fabricado pela agroindústria brasileira em 1996 -o percentual
caiu para 2,5% em 2001. O ramo
que assumiu a liderança foi justamente o de açúcar em São Paulo,
com peso de 8%, seguido por fumo no Rio Grande do Sul (3,9%).
Álcool emprega menos
Em relação ao emprego, o álcool
em São Paulo perdeu a liderança
para o açúcar em Alagoas. Representava 4,8% das vagas do setor
em 1996. Em 2001, nem sequer
aparece na lista dos oito maiores
empregadores feita pelo IBGE.
Em seu lugar, em 2001, ficou a
produção de açúcar em Alagoas,
com 6,3%.
A pesquisa do IBGE revela ainda que os setores mais intensivos
em mão-de-obra são os que pagam os menores salários. É o caso
de madeira, curtume de couro,
produção de açúcar e beneficiamento de fibras têxteis (algodão e
outras).
Já os salários mais altos estão
nos ramos que empregam relativamente menos trabalhadores,
como química, celulose, fumo e
máquinas agrícolas.
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