São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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Sem pressão externa, Bolsa sobe 1,11% e bate recorde

Bovespa fecha aos 70.415 pontos; dólar cai a R$ 1,666

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Bastou o cenário externo não atrapalhar que a Bolsa de Valores de São Paulo quebrou mais um recorde de pontuação. Com a alta de 1,11% registrada no pregão de ontem, a Bovespa passou a acumular valorização anual de 10,22% e cravou 70.415 pontos.
O que os operadores de mercado têm observado é a contínua entrada de capital externo à procura de ativos brasileiros. Na primeira semana do mês, R$ 2,01 bilhões líquidos saíram dos bolsos dos estrangeiros para comprar ações na Bovespa. Em abril, o saldo das operações feitas com capital externo ficou positivo em R$ 6 bilhões, cifra inédita para um mês.
Como os estrangeiros detêm participação de 35% nas operações realizadas no mercado acionário doméstico, sua disposição acaba por ter relevante peso nos rumos da Bolsa.
As ações que mais se destacaram no pregão de ontem foram Aracruz PNB (com valorização de 5,88%), Rossi Residencial ON (5,38% de alta) e Lojas Renner ON (4,25%).
O mercado de câmbio não escapou do dia favorável. O dólar teve forte recuo, de 1,19%, para encerrar os negócios cotado a R$ 1,666.
Altas marcaram os pregões também nos principais mercados acionários do mundo.
Em Wall Street, o índice Dow Jones, que reúne as ações americanas de maior liquidez, terminou com ganhos de 1,02%. A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu ainda mais, 1,76%.
A pausa na escalada do petróleo foi bem recebida no mercado americano, pois teme-se que a elevação no preço do barril do produto se traduza em mais pressão inflacionária.
Na Europa, a Bolsa de Frankfurt subiu 0,47%, seguida pelo mercado londrino, onde a alta foi de 0,26%.
A Bolsa de Tóquio, que está entre as com pior desempenho em 2008 (com queda acumulada de 10,22%), terminou ontem com ganho de 0,64%.
No mercado brasileiro, o cenário internacional menos tenso reacende as expectativas positivas desencadeadas pela elevação do país a grau de investimento pela Standard & Poor's no dia 30 de abril.
Nem mesmo a inflação, que tem se mostrado mais perigosa que o esperado, conseguiu estragar o humor dos investidores. Ontem foi a vez de a Fipe divulgar que seu IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,68% na primeira medição de maio. As estimativas dos analistas apontavam para uma alta em torno de 0,55%.
A pesquisa Focus apresentada ontem pelo BC mostrou que os bancos elevaram sua previsão para a taxa Selic no fim do ano para 13,25%. Um mês antes, a previsão do mercado era que a Selic estaria em 12,75% no fim de 2008. A taxa está hoje em 11,75% anuais.


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