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AVIAÇÃO
Dois investidores do Brasil procuraram a companhia
Vasp volta a fazer equipamentos e deve prestar serviço de manutenção
BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Vasp não está parada. Há uma
semana, voltou a fabricar alguns
equipamentos para venda e já
prepara suas oficinas para voltar a
prestar serviços de manutenção.
A Folha visitou ontem as instalações da companhia em São Paulo e verificou o trabalho dos funcionários. Cerca de 30 trabalhadores de engenharia e manutenção estão envolvidos no projeto.
"É importante mostrar que não
estamos voando, mas que a empresa está funcionando", diz o interventor na Vasp, Reginaldo Alves de Souza, o Mandu.
O esforço para a retomada das
atividades, além de servir como
forma de obter recursos, pode ter
repercussão jurídica. No dia 1º de
julho, a Vasp pediu à Justiça de
São Paulo o direito de passar por
recuperação judicial. A medida,
que substituiu a concordata na
nova Lei de Falências, é voltada
para empresas que estão exercendo regularmente suas atividades.
O juiz do caso, Alexandre Alves
Lazzarini, da 1ª Vara Especial de
Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, já se manifestou no processo para ressaltar que
o caso da Vasp é especial, uma vez
que a companhia se encontra sob
intervenção judicial determinada
em março pela Justiça do Trabalho. Tudo indica que o juiz entendeu que, se apresentar toda a documentação necessária, voando
ou não, a Vasp poderá iniciar o
processo de recuperação.
Segundo a Folha apurou, a comissão de intervenção foi procurada por, pelo menos, dois investidores brasileiros sérios e de peso
interessados em comprar a Vasp.
A Vasp já está vendendo kits de
um equipamento chamado "seat
container", que adapta poltronas
de dois modelos de avião para o
transporte de cargas leves.
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