São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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AVIAÇÃO

Dois investidores do Brasil procuraram a companhia

Vasp volta a fazer equipamentos e deve prestar serviço de manutenção

BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Vasp não está parada. Há uma semana, voltou a fabricar alguns equipamentos para venda e já prepara suas oficinas para voltar a prestar serviços de manutenção.
A Folha visitou ontem as instalações da companhia em São Paulo e verificou o trabalho dos funcionários. Cerca de 30 trabalhadores de engenharia e manutenção estão envolvidos no projeto.
"É importante mostrar que não estamos voando, mas que a empresa está funcionando", diz o interventor na Vasp, Reginaldo Alves de Souza, o Mandu.
O esforço para a retomada das atividades, além de servir como forma de obter recursos, pode ter repercussão jurídica. No dia 1º de julho, a Vasp pediu à Justiça de São Paulo o direito de passar por recuperação judicial. A medida, que substituiu a concordata na nova Lei de Falências, é voltada para empresas que estão exercendo regularmente suas atividades.
O juiz do caso, Alexandre Alves Lazzarini, da 1ª Vara Especial de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, já se manifestou no processo para ressaltar que o caso da Vasp é especial, uma vez que a companhia se encontra sob intervenção judicial determinada em março pela Justiça do Trabalho. Tudo indica que o juiz entendeu que, se apresentar toda a documentação necessária, voando ou não, a Vasp poderá iniciar o processo de recuperação.
Segundo a Folha apurou, a comissão de intervenção foi procurada por, pelo menos, dois investidores brasileiros sérios e de peso interessados em comprar a Vasp.
A Vasp já está vendendo kits de um equipamento chamado "seat container", que adapta poltronas de dois modelos de avião para o transporte de cargas leves.


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