São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LUZ

Ele não prevê problemas até 2010

Novo ministro diz que energia está garantida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O novo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse que o abastecimento de energia está garantido até 2009/2010. Apesar de o governo ter conseguido o licenciamento ambiental de apenas uma das 17 novas usinas que pretende licitar, Rondeau afirmou que o ambiente é de tranqüilidade no governo.
"Nós estamos tranqüilos no ministério. Não há motivo nenhum para preocupação com desabastecimento nesse período até 2009 ou 2010, dependendo de como se comportar o crescimento da economia", afirmou. "Essas usinas serão licitadas em dezembro. Não há receio, não há preocupação maior em relação a isso. A situação está absolutamente sob controle", disse.
Em agosto do ano passado, o governo anunciou que pretendia licitar, no primeiro trimestre de 2005 (prazo já vencido), 17 novas usinas, que iriam adicionar 2.829 MW ao sistema a partir de 2009, quando começassem a ficar prontas. Pelas regras do novo modelo, no entanto, o governo teria que fazer a licitação dos empreendimentos já com a licença ambiental concedida.
Rondeau disse que também há tranqüilidade dentro do governo em relação ao nível do preço do barril de petróleo no mercado internacional. "Existe uma metodologia que a Petrobras utiliza [para o reajuste], e não há neste momento nenhuma aflição com respeito a um aumento disparado do petróleo por conta dessa elevação pontual do preço do barril do óleo", disse.
Na opinião do ministro, o preço do barril ainda não está definido. "O patamar de equilíbrio é definido na Petrobras. Os reajustes são feitos na Petrobras. De repente o preço do petróleo cai e pode não variar o preço para o consumidor", afirmou.
O preço do petróleo tem subido por causa da preocupação em relação à possibilidade de que disputas sobre o programa nuclear do Irã gerem conflito com os EUA e perturbem os suprimentos do Oriente Médio.
Além disso, a diferença entre a capacidade de produção e a demanda vem se estreitando. A Petrobras, no entanto, avalia que a desvalorização do dólar em relação ao real pode beneficiar o consumidor e impedir um reajuste nos preços internos dos combustíveis.


Texto Anterior: Resgate dos C-Bonds deve ficar para 2006
Próximo Texto: Balanço global: País sobe uma posição e é 14ª maior economia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.