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PRODUÇÃO
Atividade registra em maio expansão em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE; Amazonas lidera, com 24,6%
Indústria cresce mais em Estado que exporta
JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A produção industrial brasileira
cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) em maio na comparação com
igual mês de 2004. A exceção foi o
Rio Grande do Sul, que registrou
queda de 2,4%, o quinto resultado
negativo seguido.
Em maio, Amazonas (24,6%),
Paraná (13,5%), Ceará (7,2%), São
Paulo (6,3%) e Minas Gerais
(5,5%) alcançaram taxas de crescimento superiores ou iguais à da
média nacional, de 5,5%. Outras
nove regiões tiveram crescimento
abaixo da média.
Na avaliação do Iedi (Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a produção industrial desacelerou. Isso porque
apenas Amazonas e Paraná registraram melhoras significativas na
sua taxa de expansão na passagem de abril para maio. A taxa do
Paraná passou de 4,5% em abril
para 13,4%.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
a produção industrial brasileira
está ganhando fôlego no bimestre
abril-maio (5,9%) em relação aos
três primeiros meses do ano,
quando acumulou crescimento
de 3,8% em relação a igual período do ano anterior. A análise regional mostra que o mesmo movimento pode ser percebido em 9
dos 14 locais pesquisados.
Segundo o economista da Coordenação da Indústria, André Macedo, o perfil das regiões que aceleraram o ritmo de crescimento
está relacionado a exportações ou
à produção de bens de consumo
duráveis, como automóveis e eletrodomésticos. Os destaques são
Amazonas, com a produção de telefones celulares e televisores, e
Goiás, com ênfase nas exportações de soja.
No acumulado do ano, Amazonas lidera a expansão da indústria
em termos percentuais, com uma
taxa de 18,1%. São Paulo acumula
crescimento de 5,8% no ano, com
destaque para a indústria farmacêutica (26,1%), para máquinas e
equipamentos (12,7%) e para edição e impressão (17%).
RS em queda
O Rio Grande do Sul é o único
local que registra retração no acumulado do ano. De janeiro a
maio, a queda é de 3,4%. "Existem
dois fatores atuando sobre a indústria do RS: o cenário mais adverso do início do ano, que afetou
as expectativas para a safra após a
seca, e o efeito da base de comparação mais elevada do ano passado. O produtor sabe que não vai
ter o retorno financeiro esperado", afirmou Macedo.
Os segmentos mais afetados são
os de máquinas e equipamentos e
produtos químicos. "Houve redução na produção de colheitadeiras e máquinas para semeadura. Essa atividade responde por
9% da indústria do Rio Grande do
Sul", afirmou. Nos dois últimos
meses da pesquisa, no entanto, a
queda na produção gaúcha está
perdendo fôlego.
"Os resultados vêm se tornando
ligeiramente menos negativos. O
acumulado do ano passou de
-4,2% em abril para -3,4% em
maio", disse.
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