São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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PRODUÇÃO

Atividade registra em maio expansão em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE; Amazonas lidera, com 24,6%

Indústria cresce mais em Estado que exporta

JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A produção industrial brasileira cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em maio na comparação com igual mês de 2004. A exceção foi o Rio Grande do Sul, que registrou queda de 2,4%, o quinto resultado negativo seguido.
Em maio, Amazonas (24,6%), Paraná (13,5%), Ceará (7,2%), São Paulo (6,3%) e Minas Gerais (5,5%) alcançaram taxas de crescimento superiores ou iguais à da média nacional, de 5,5%. Outras nove regiões tiveram crescimento abaixo da média.
Na avaliação do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a produção industrial desacelerou. Isso porque apenas Amazonas e Paraná registraram melhoras significativas na sua taxa de expansão na passagem de abril para maio. A taxa do Paraná passou de 4,5% em abril para 13,4%.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial brasileira está ganhando fôlego no bimestre abril-maio (5,9%) em relação aos três primeiros meses do ano, quando acumulou crescimento de 3,8% em relação a igual período do ano anterior. A análise regional mostra que o mesmo movimento pode ser percebido em 9 dos 14 locais pesquisados.
Segundo o economista da Coordenação da Indústria, André Macedo, o perfil das regiões que aceleraram o ritmo de crescimento está relacionado a exportações ou à produção de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos. Os destaques são Amazonas, com a produção de telefones celulares e televisores, e Goiás, com ênfase nas exportações de soja.
No acumulado do ano, Amazonas lidera a expansão da indústria em termos percentuais, com uma taxa de 18,1%. São Paulo acumula crescimento de 5,8% no ano, com destaque para a indústria farmacêutica (26,1%), para máquinas e equipamentos (12,7%) e para edição e impressão (17%).

RS em queda
O Rio Grande do Sul é o único local que registra retração no acumulado do ano. De janeiro a maio, a queda é de 3,4%. "Existem dois fatores atuando sobre a indústria do RS: o cenário mais adverso do início do ano, que afetou as expectativas para a safra após a seca, e o efeito da base de comparação mais elevada do ano passado. O produtor sabe que não vai ter o retorno financeiro esperado", afirmou Macedo.
Os segmentos mais afetados são os de máquinas e equipamentos e produtos químicos. "Houve redução na produção de colheitadeiras e máquinas para semeadura. Essa atividade responde por 9% da indústria do Rio Grande do Sul", afirmou. Nos dois últimos meses da pesquisa, no entanto, a queda na produção gaúcha está perdendo fôlego.
"Os resultados vêm se tornando ligeiramente menos negativos. O acumulado do ano passou de -4,2% em abril para -3,4% em maio", disse.


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