|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Emprego industrial cresce pelo 5º mês
No acumulado do ano até maio, expansão nas vagas é de 1,5%, ante aumento de 4,4% na produção, segundo o IBGE
Instituto vê impacto positivo do setor de máquinas e
equipamentos; para Iedi,
expansão no mercado de
trabalho ainda é "acanhada"
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O emprego na indústria brasileira registrou em maio crescimento pelo quinto mês consecutivo. O nível de ocupação
subiu 0,3% em relação a abril,
na série livre de influências sazonais. Nos cinco primeiros
meses do ano, o mercado de
trabalho apresentou expansão
de 1,5% nas vagas.
Segundo Denise Cordovil,
economista da Coordenação de
Indústria do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), o emprego industrial se
beneficia do cenário positivo
observado na produção. Nos
cinco primeiros meses do ano,
a produção da indústria registrou alta de 4,4%.
"A conjuntura econômica se
mostra positiva, favorável para
o aumento de investimentos
em máquinas e equipamentos
por conta da maior demanda do
mercado interno", afirmou.
Em relação a maio do ano
passado, o emprego industrial
teve expansão de 2% -maior
incremento desde maio de
2005. O IBGE registrou aumento de vagas em todos os locais pesquisados.
As principais contribuições
vieram de São Paulo (2,3%), de
Norte e Centro-Oeste (3,1%) e
do Nordeste (2,1%). Em São
Paulo, os setores com maior
impacto positivo foram máquinas e equipamentos (8,5%), outros produtos da indústria de
transformação (9,5%) e meios
de transporte (3,2%).
No Norte e no Centro-Oeste,
os setores que mais contribuíram para a alta do emprego foram alimentos e bebidas (10%)
e madeira (4,6%). No Nordeste,
foram refino de petróleo e produção de álcool (35,3%) e alimentos e bebidas (2,5%).
O Rio Grande do Sul também
esboçou recuperação em maio
e apresentou a primeira taxa
positiva (0,2%) desde setembro
de 2004. As maiores contribuições vieram de produtos de metal para construção civil
(30,4%) e alimentos e bebidas,
como carnes e aves que são exportados (9,9%).
Setores sensíveis à concorrência de importados continuam em queda no Rio Grande
do Sul. O maior recuo coube a
calçados (-10,9%) e madeira
(-14,5%). "São setores intensivos em mão-de-obra e que continuam afetados pelo câmbio."
Entre janeiro e maio, as principais contribuições positivas
vieram de São Paulo (2,1%),
Nordeste (2,4%) e Norte e Centro-Oeste (2,6%). As pressões
negativas vieram do Rio Grande do Sul (-2,2%).
O índice de média móvel trimestral -indicador de tendência- também apontou alta, de
0,4%, e apresenta trajetória ascendente desde fevereiro, acumulando ganho de 1,3%.
Segundo o Iedi (Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento Industrial), embora
mostre expansão, o emprego
industrial ainda pode ser considerado "muito acanhado" ante
a evolução da produção.
Na avaliação do instituto, a
aceleração do crescimento das
contratações pode retirar o
"atraso" do emprego ao longo
da segunda metade do ano. "A
condição para que isso venha a
ocorrer reside na continuidade
do crescimento industrial."
O número de horas pagas
-sinalizador de contratações-
cresceu 0,2% em maio em relação a abril. O valor da folha de
pagamento caiu 0,7%.
Texto Anterior: Nasdaq quer negociar empresa fechada do Brasil Próximo Texto: Justiça trabalhista manda Cosipa pagar R$ 4 milhões por dano a trabalhadores Índice
|