São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2004

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CRÉDITO

Taxa mensal recua em julho de 7,73% para 7,71%; no comércio, custo é o menor desde janeiro de 95, segundo a Anefac

Juros para consumidores tem leve queda

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A taxa média dos juros para pessoas físicas caiu 0,2% em julho na comparação com junho -de 7,73% para 7,71% ao mês, segundo levantamento da Anefac, associação que reúne os executivos de finanças. Anualizada, a taxa do mês passado ficou em 143,82%, ainda considerada uma das mais altas do mundo.
Com exceção da modalidade empréstimo pessoal, todas as outras operações de crédito para os consumidores registraram queda na taxa de juros. A maior redução, de 0,5%, foi verificada nos juros cobrados pelo comércio -de 6,04% em junho para 6,01% em julho -a menor desde janeiro de 95, quando teve início a pesquisa.
Os juros cobrados no cartão de crédito caíram 0,10%, de 10,12% ao mês para 10,11%. No cheque especial, caíram de 8,28% para 8,26% ao mês.
No empréstimo pessoal das financeiras, de 12,20% ao mês para 12,18%. Só na modalidade empréstimo pessoal dos bancos houve elevação (de 1,84%) nos juros -de 5,98% ao mês para 6,09%.

Retomada ajuda
"A redução das taxas se deve à queda da taxa básica de juros do país, a Selic, e à retomada de alguns setores da economia, que resultou até em mais emprego", afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac.
Os bancos resistem em reduzir os juros para os consumidores "porque houve aumento na procura por crédito. As pessoas foram atrás de empréstimos para acertar as dívidas, e os bancos aproveitaram o momento para subir as taxas", afirma Oliveira.
A taxa de juros cobrada pelos bancos no empréstimo pessoal, de 6,09% mês, é a maior desde janeiro deste ano. Anualizada, essa taxa subiu de 100,76% em junho para 103,28% em julho.
No levantamento, a Anefac encontrou uma taxa de até 16,7% ao mês, ou 538,04% ao ano.
As empresas também pagaram menos pelos empréstimos no mês passado. Os juros cobrados das empresas caíram 1,32%, passando de 4,56% em junho para 4,50% em julho. A maior queda, de 3,7%, foi registrada na modalidade desconto de duplicatas -de 4,05% para 3,90% ao mês.
As taxas cobradas nos financiamentos para capital de giro caíram de 4,21% para 4,17% ao mês. Para Oliveira, as taxas de juros cobradas dos consumidores e das empresas devem continuar em queda nos próximos meses.


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