São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMBUSTÍVEIS

ANP não renova contratos de monitoramento

Cortes no Orçamento ameaçam controle da qualidade da gasolina

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) não renovou em agosto os contratos de monitoramento da qualidade dos combustíveis firmados com entidades como o Instituto de Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A decisão, motivada pelos cortes no Orçamento da União, pode paralisar o programa governamental de diminuição da adulteração de gasolina, álcool ou diesel nos postos.
"Estamos esperando a renovação do contrato. Ainda não paralisamos nossos trabalhos", afirmou ontem Francisco Reis, diretor do instituto da Unicamp, que tem sete químicos responsáveis pela fiscalização de 1.700 postos de 151 municípios paulistas.
A ANP informou que terá de fazer um corte de 25% nas despesas neste ano, estimadas em R$ 125 milhões. Em janeiro, estava previsto que o programa de monitoramento da qualidade receberia R$ 10 milhões.
A agência confirmou que não foram renovados até agora os contratos com a Unicamp, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e a Escola Nacional de Química da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A ANP disse que o programa estava de fato sob risco de corte, mas que até a semana que vem os contratos serão renovados.
A ANP possui 18 instituições para o monitoramento. Em dois anos, reduziu o percentual de combustíveis que não estão de acordo com as regras de 12,5% para 6%. O monitoramento inclui a verificação dos 22% de álcool adicionado à gasolina até a existência de solventes irregulares.


Texto Anterior: Negócios: China libera fábrica da Embraer no país
Próximo Texto: Mercado Financeiro: BC leiloa dólares, mas moeda sobe 0,64%
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.