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PEQUENA EMPRESA
Serão destinados R$ 15 milhões em 2000 para a criação e o desenvolvimento de novos produtos
Fapesp triplica verba para pesquisa
MARCELO MOREIRA
da Reportagem Local
O Pipe (Programa de Inovação
Tecnológica em Pequenas Empresas), desenvolvido pela Fapesp
(Fundação de Apoio à Pesquisa
do Estado de São Paulo), terá sua
verba triplicada no ano 2000 em
relação a este ano.
Serão R$ 15 milhões para a criação e o desenvolvimento de produtos ou planos para melhorar a
produção. Entre o período de
1997-99, foram investidos R$ 11
milhões -cerca de R$ 5,5 milhões por ano.
Segundo o diretor científico da
Fapesp, José Fernando Perez, foram analisados no período 87
projetos, dos quais 23 atingiram a
segunda fase do programa.
"Posso dizer que, mesmo antes
de terminar o que chamamos de
primeiro ciclo, que o Pipe é um
sucesso. Conseguimos estimular
a pesquisa em pequenas empresas e estamos vendo o surgimento
de diversos produtos."
Cada ciclo a que Perez se refere
tem dois anos e meio de duração e
envolve três fases. As 23 empresas
que estão na segunda fase iniciaram seus projetos no final de 1997,
com conclusão prevista para
meados do ano que vem.
"Creio que o Pipe tem o mérito
de mostrar que a pesquisa associada ao meio empresarial é viável, comercial e importante para o
desenvolvimento industrial. Esse
programa é uma forma de ajudarmos a arrancar a pesquisa do
meio acadêmico", diz Perez.
Para inscrever um projeto no
Pipe, o pesquisador precisa estar
associado a uma pequena empresa (até cem empregados) para desenvolver seu trabalho e mostrar
que se dedicará ao projeto.
A proposta é analisada por um
ou mais especialistas indicados
pela Fapesp (mas que não são vinculados ao órgão), que verificam a
viabilidade técnica e comercial.
Aprovado o projeto, o pesquisador e a empresa recebem R$ 50
mil na primeira fase do programa.
Ao final, após seis meses, os projetos passam por nova avaliação.
Em caso de nova aprovação, cada projeto recebe mais uma verba
de R$ 200 mil da Fapesp na segunda fase, que pode durar mais de
um ano. Na fase seguinte, todas as
atividades de pesquisa são realizadas pela empresa com o objetivo
de desenvolver novos produtos.
A Fapesp não dará apoio financeiro de qualquer natureza a projetos na terceira fase, mas poderá
colaborar na obtenção de apoio
de outras fontes, caso os resultados da pesquisa comprovem a
viabilidade técnica das idéias,
bem como o seu potencial de retorno comercial ou social.
O projeto que mais chama a
atenção é o da empresa Kom
Montagens e Comércio, de Campinas (interior de São Paulo).
O projeto desenvolvido é o de
uma manta óptica para o tratamento de bebês que necessitam
de tratamento contra a icterícia.
Pipe-Fapesp : tel. (0xx11) 838-4000 e 261-4167 (fax) ou pelo site na Internet (www.fapesp.br; e-mail: info@fapesp.br)
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