São Paulo, Sábado, 13 de Novembro de 1999
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PEQUENA EMPRESA
Serão destinados R$ 15 milhões em 2000 para a criação e o desenvolvimento de novos produtos
Fapesp triplica verba para pesquisa

MARCELO MOREIRA
da Reportagem Local

O Pipe (Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas), desenvolvido pela Fapesp (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo), terá sua verba triplicada no ano 2000 em relação a este ano.
Serão R$ 15 milhões para a criação e o desenvolvimento de produtos ou planos para melhorar a produção. Entre o período de 1997-99, foram investidos R$ 11 milhões -cerca de R$ 5,5 milhões por ano.
Segundo o diretor científico da Fapesp, José Fernando Perez, foram analisados no período 87 projetos, dos quais 23 atingiram a segunda fase do programa.
"Posso dizer que, mesmo antes de terminar o que chamamos de primeiro ciclo, que o Pipe é um sucesso. Conseguimos estimular a pesquisa em pequenas empresas e estamos vendo o surgimento de diversos produtos."
Cada ciclo a que Perez se refere tem dois anos e meio de duração e envolve três fases. As 23 empresas que estão na segunda fase iniciaram seus projetos no final de 1997, com conclusão prevista para meados do ano que vem.
"Creio que o Pipe tem o mérito de mostrar que a pesquisa associada ao meio empresarial é viável, comercial e importante para o desenvolvimento industrial. Esse programa é uma forma de ajudarmos a arrancar a pesquisa do meio acadêmico", diz Perez.
Para inscrever um projeto no Pipe, o pesquisador precisa estar associado a uma pequena empresa (até cem empregados) para desenvolver seu trabalho e mostrar que se dedicará ao projeto.
A proposta é analisada por um ou mais especialistas indicados pela Fapesp (mas que não são vinculados ao órgão), que verificam a viabilidade técnica e comercial.
Aprovado o projeto, o pesquisador e a empresa recebem R$ 50 mil na primeira fase do programa. Ao final, após seis meses, os projetos passam por nova avaliação.
Em caso de nova aprovação, cada projeto recebe mais uma verba de R$ 200 mil da Fapesp na segunda fase, que pode durar mais de um ano. Na fase seguinte, todas as atividades de pesquisa são realizadas pela empresa com o objetivo de desenvolver novos produtos.
A Fapesp não dará apoio financeiro de qualquer natureza a projetos na terceira fase, mas poderá colaborar na obtenção de apoio de outras fontes, caso os resultados da pesquisa comprovem a viabilidade técnica das idéias, bem como o seu potencial de retorno comercial ou social.
O projeto que mais chama a atenção é o da empresa Kom Montagens e Comércio, de Campinas (interior de São Paulo).
O projeto desenvolvido é o de uma manta óptica para o tratamento de bebês que necessitam de tratamento contra a icterícia.


Pipe-Fapesp : tel. (0xx11) 838-4000 e 261-4167 (fax) ou pelo site na Internet (www.fapesp.br; e-mail: info@fapesp.br)



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