São Paulo, Sábado, 13 de Novembro de 1999
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CONJUNTURA
Com inflação controlada, taxa deverá ser mantida
Produtividade aumenta 4,2% nos EUA e afasta alta dos juros

das agências internacionais

O indicador de produtividade do mercado norte-americano, divulgado ontem, reforça a hipótese de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) não deverá alterar as taxas de juros na reunião marcada para a próxima terça-feira, dia 16.
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou que o índice de produtividade dos trabalhadores norte-americanos aumentou 4,2% no terceiro trimestre do ano.
O resultado significa que a economia norte-americana continua crescendo, mas com inflação baixa, o que leva a crer que o Fed não elevará a taxa de juros. Por causa disso, o índice Dow Jones fechou ontem com alta de 1,64%.
O presidente do Fed, Alan Greenspan, destacou a importância da produtividade alta para a próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto Federal (o comitê do Fed que define a política monetária de curto prazo).
Em sua opinião, enquanto a produtividade for alta, os empregados receberão salários mais altos, o que não provocará inflação.
Se a produtividade cair, as pressões para conseguir salários mais altos podem criar inflação, que é o principal temor do Fed.

Custos trabalhistas
No mesmo período, os custos trabalhistas aumentaram 0,6%, o que equivale a um dos menores crescimentos do ano, perdendo só para o trimestre anterior, que havia registrado alta de 0,5%.
O índice de produtividade em manufaturas cresceu 3,4%. Em bens duráveis o aumento foi de 3,6% e a produtividade dos trabalhadores de empresas de bens não-duráveis cresceu 4,1%.
O resultado da produtividade no terceiro trimestre do ano é muito melhor que o alcançado entre abril e junho, quando houve aumento de 0,6%.
Trata-se, também, do melhor comportamento da produtividade desde o primeiro trimestre de 1998, quando havia sido registrada alta de 4,4%.
O aumento bruto da produtividade -descontado o aumento de horas trabalhadas pelas pessoas- foi de 5,7%. Como o número de horas cresceu 1,5%, o índice líquido registrado pelo Departamento de Trabalho foi 4,2%.


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