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CONJUNTURA
Com inflação controlada, taxa deverá ser mantida
Produtividade aumenta 4,2% nos EUA e afasta alta dos juros
das agências internacionais
O indicador de produtividade
do mercado norte-americano, divulgado ontem, reforça a hipótese
de que o Fed (Federal Reserve, o
banco central dos Estados Unidos) não deverá alterar as taxas de
juros na reunião marcada para a
próxima terça-feira, dia 16.
O Departamento de Trabalho
dos Estados Unidos divulgou que
o índice de produtividade dos trabalhadores norte-americanos aumentou 4,2% no terceiro trimestre do ano.
O resultado significa que a economia norte-americana continua
crescendo, mas com inflação baixa, o que leva a crer que o Fed não
elevará a taxa de juros. Por causa
disso, o índice Dow Jones fechou
ontem com alta de 1,64%.
O presidente do Fed, Alan
Greenspan, destacou a importância da produtividade alta para a
próxima reunião do Comitê de
Mercado Aberto Federal (o comitê do Fed que define a política
monetária de curto prazo).
Em sua opinião, enquanto a
produtividade for alta, os empregados receberão salários mais altos, o que não provocará inflação.
Se a produtividade cair, as pressões para conseguir salários mais
altos podem criar inflação, que é o
principal temor do Fed.
Custos trabalhistas
No mesmo período, os custos
trabalhistas aumentaram 0,6%, o
que equivale a um dos menores
crescimentos do ano, perdendo
só para o trimestre anterior, que
havia registrado alta de 0,5%.
O índice de produtividade em
manufaturas cresceu 3,4%. Em
bens duráveis o aumento foi de
3,6% e a produtividade dos trabalhadores de empresas de bens
não-duráveis cresceu 4,1%.
O resultado da produtividade
no terceiro trimestre do ano é
muito melhor que o alcançado
entre abril e junho, quando houve
aumento de 0,6%.
Trata-se, também, do melhor
comportamento da produtividade desde o primeiro trimestre de
1998, quando havia sido registrada alta de 4,4%.
O aumento bruto da produtividade -descontado o aumento de
horas trabalhadas pelas pessoas- foi de 5,7%. Como o número de horas cresceu 1,5%, o índice líquido registrado pelo Departamento de Trabalho foi 4,2%.
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