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Novo índice é descartado por ministro
da Sucursal do Rio
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que o
governo não pretende adotar
um índice de inflação expurgado como medida para as metas
oficiais de variações dos preços.
Malan considera que um índice expurgado de efeitos temporários e de preços muito voláteis é o ideal, mas ressalvou
que não há credibilidade para
adotá-lo no Brasil.
""Preferimos um índice cheio,
o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo)." O IPCA, calculado pelo
IBGE, é pesquisado em 11 regiões metropolitanas do país.
De acordo com o ministro, o
índice chamado ""núcleo da inflação" é adotado na maioria
dos países que utilizam metas
inflacionárias como âncora das
suas políticas econômicas.
No Brasil, segundo ele, o
mesmo não poderia ser feito
por causa da memória do passado.
O ministro se refere a expurgos feitos na década passada
que foram interpretados como
iniciativa para esconder a inflação.
""Credibilidade se ganha com
o tempo", disse o ministro.
Malan acrescentou: ""Um dia,
daqui a muitos e muitos anos,
espero que tenhamos chegado
a um grau de maturidade e de
despolitização desse assunto
que nos permita adotar essa
iniciativa".
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