DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nos primeiros meses do próximo ano, o novo governo já enfrentará negociações decisivas que determinarão o futuro da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia.
O calendário de negociação dos dois acordos prevê decisões importantes no primeiro semestre. Desde segunda-feira, negociadores do Mercosul e da União Européia discutem a portas fechadas a forma como serão encaminhadas as negociações entre os dois blocos.
Um dos principais negociadores brasileiros, no entanto, deixa claro que o resultado do acordo com a Europa depende mais da dinâmica de negociação entre o Brasil e os EUA do que das conversas que acontecem em Brasília com a UE.
Em fevereiro, os EUA entregarão ao Brasil as ofertas comerciais que pretendem fazer para viabilizar a Alca. O Brasil, com os demais membros do Mercosul, fará o mesmo. Com os documentos, o país poderá avaliar se um acordo de livre comércio com os norte-americanos e os demais países do continente valerá a pena.
A proposta dos EUA, porém, definirá também o ritmo e o alvo das negociações com a União Européia, que entregará suas propostas comerciais ao Mercosul em março.
A qualidade da proposta da UE, segundo diplomatas que participam das negociações, dependerá da oferta americana. No Itamaraty, foram projetados vários cenários.
Se os EUA apresentarem ao Mercosul uma proposta comercial que atenda aos interesses do Brasil, o Itamaraty terá força para pressionar a União Européia a fazer o mesmo.


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